Metula, Israel, 9 de março de 2024 – O Hezbollah, grupo terrorista libanês, disparou várias salvas de foguetes e mísseis contra comunidades e bases do exército no norte de Israel na quinta-feira (7), mantendo uma série de ataques em solidariedade à Faixa de Gaza.
O Ministério da Defesa de Israel respondeu com fogo de artilharia em direção aos locais de lançamento dos foguetes e mísseis, enquanto relatos sugerem que Jerusalém teria estabelecido um prazo de 15 de março para um acordo diplomático que afastaria as forças da organização terrorista do sul do Líbano.
Não houve relatos de feridos nos ataques do Hezbollah ao longo do dia, embora uma residência na cidade fronteiriça de Metula tenha sido danificada após ser atingida diretamente por um míssil antitanque, segundo autoridades locais.
Pela manhã, o Hezbollah afirmou ter mirado em uma instalação das Forças de Defesa de Israel ao sul da comunidade fronteiriça de Rosh Hanikra. Dez foguetes foram lançados na barragem, com nove deles sendo interceptados pelo sistema de defesa aérea Iron Dome, conforme informado pelas IDF.
Desde o ataque terrorista em 7 de outubro que desencadeou a guerra Israel-Hamas, as forças lideradas pelo Hezbollah têm atacado comunidades israelenses e postos militares ao longo da fronteira quase diariamente, justificando as ações como apoio à Faixa de Gaza durante o conflito.
Em resposta aos ataques de quinta-feira, as IDF conduziram ataques aéreos em edifícios utilizados pelo Hezbollah nas cidades do sul do Líbano, Aitaroun, Ayta ash-Shab e Zibqin.
Mais cedo, as IDF informaram que derrubaram um drone carregado de explosivos do Hezbollah que adentrou o espaço aéreo israelense vindo do Líbano, perto de Bar’am.
Outro drone do Hezbollah caiu na área do Monte Hermon, sem causar feridos, conforme relatado pelas IDF.
Além disso, as IDF afirmaram ter atacado um prédio do Hezbollah em Matmoura e um posto de observação em Jebbayn durante a noite de quarta-feira.
Também foi confirmado que dois foguetes foram disparados da Síria em direção a Israel durante a noite, atingindo áreas abertas nas Colinas de Golã.
Enquanto isso, um jornal libanês vinculado ao Hezbollah alegou que Israel estabeleceu um prazo de 15 de março para um acordo diplomático que afastaria o grupo terrorista do sul do Líbano, ameaçando escalar os conflitos na fronteira.
Na quarta-feira (6), o Ministro da Defesa Yoav Gallant informou ao enviado especial dos EUA, Amos Hochstein, que os contínuos ataques do Hezbollah a Israel estavam aproximando o país de uma decisão em relação à ação militar no Líbano.
O Al-Akhbar citou autoridades ocidentais afirmando que Hochstein não acredita que os combates ao longo da fronteira possam ser interrompidos antes de um acordo para um cessar-fogo em Gaza, que está atualmente em pausa após as negociações no Cairo nesta semana não terem resultado em acordos.
O veículo de notícias libanês também alegou que os Estados Unidos acreditam que um acordo diplomático entre Beirute e Jerusalém precisaria incluir uma solução para as disputas de fronteira, em particular na área de Monte Dov, conhecida no Líbano como Shebaa Farms, e o destacamento do exército libanês para o sul.
No entanto, autoridades militares foram citadas pelo Canal 13 negando o relatório.
“Não há data para ir à guerra no Líbano”, afirmou uma fonte não identificada à rede.
Desde 8 de outubro, os confrontos na fronteira resultaram em sete mortes civis no lado israelense, além das mortes de dez soldados e reservistas das IDF. Houve também vários ataques da Síria, sem feridos. O Hezbollah nomeou 235 membros mortos por Israel durante os conflitos em curso, principalmente no Líbano, mas alguns também na Síria.
No Líbano, outros 37 operativos de outros grupos terroristas, um soldado libanês e pelo menos 30 civis, três dos quais eram jornalistas, foram mortos.
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