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O Sul em Cima: Durque Costa Cigano e Pâmela Amaro, vozes que ecoam a alma da Música Popular Brasileira

Trajetórias artísticas celebram a riqueza cultural de Porto Alegre e o empoderamento feminino negro

Koka, Shiga, Japão, 15 de abril de 2024 (Agência Sul Brasileira de Notícias) – Refletindo sobre a trajetória de Cigano, imagine uma pessoa que viveu musicalmente a noite de Porto Alegre em um período “pós-Lupicínio”: uma geração “de ouro” dos artistas da Música Popular Brasileira.

Em Porto Alegre, a pessoa que sintetiza esse momento é Durque Costa Cigano.

Durque Costa Cigano: Resgatando uma Era de Ouro
Nascido em 1950 em Dom Pedrito, Cigano migrou para Porto Alegre com seis anos de idade.

Atuando na noite da cidade até os dias de hoje, Cigano passou pelos principais palcos da capital gaúcha. Entre bares, teatros e casas de shows, seu primeiro professor de violão foi Jessé Silva. Cigano observava Lupicínio, Plauto Cruz e Jessé Silva pelos bares de “Poa”.

Atualmente, Paulinho Parada, doutorando em música pela UFRGS e descoberta de Cigano, reconstitui a obra de Durque Costa e pretende resgatar o valor de suas canções através da nova difusão no ciberespaço e imprensa.

Sua obra foi difundida em todas as plataformas de streaming através da distribuidora Tratore, ação de Paulinho Parada como resultado de sua pesquisa etnomusicológica.

Pâmela Amaro: Voz do Samba e do Empoderamento Feminino Negro
Pâmela Amaro é atriz, cantora, musicista, arte-educadora e compositora porto-alegrense.

Nos últimos anos, tem se destacado como uma das vozes do samba no estado do Rio Grande do Sul, principalmente a partir das composições que abordam temas variados, sempre positivando narrativas acerca das mulheres negras.

Em 2020, lançou seu primeiro EP solo, “Veneno do Café”, apresentando sua veia no samba de partido alto. No mesmo ano, a artista foi contemplada pela Natura Musical para realizar a produção do seu primeiro álbum, “Samba às Avessas”.

Patrocinado pela Natura Musical e financiado pela Pró-Cultura e Governo do Estado do RS, o trabalho destaca a vertente autoral da artista, em sintonia com as narrativas do universo feminino, plural e complexo. Amaro se desafiou como produtora musical partilhando a função com Tuti Rodrigues, também diretor musical.

Os arranjos das 12 faixas do álbum são dela em parceria com Tuti e Max Garcia. O disco elencou 33 musicistas, destes, cerca de 16 são mulheres, refletindo o empoderamento feminino na cena musical.

Enquanto Durque Costa Cigano revive a era de ouro da Música Popular Brasileira em Porto Alegre, Pâmela Amaro se firma como uma voz contemporânea, celebrando o samba e as narrativas das mulheres negras. Ambos representam a riqueza cultural da capital gaúcha e a paixão pela música que transcende gerações.