Quanto vale um espaço na sua mala?
Brasileiros criam site para conectar aqueles que precisam de um produto do exterior com quem está justamente viajando
Que tal “vender” o espaço que sobra na sua mala quando você faz uma viagem ao exterior? Sim, é possível e o melhor: seguro. Dois jovens brasileiros criaram justamente um site que conecta os viajantes que querem ganhar um dinheiro extra e também os que precisam de um produto importado.
A ideia surgiu quando Diego Utiyama, 27, fez uma viagem ao Brasil. Ele percebeu que é muito comum as pessoas pedirem para levar ou trazer algo. “Geralmente, os que pedem são parentes e amigos, mas eventualmente aparecem os amigos dos amigos”, diz.
Então, ele conversou com o amigo Rogério Taques Coelho Martins, 35, e investiram na criação da startup Stuff in Bag (www.stuffinbag.com) – Coisas na Mala, numa tradução livre.
“A ideia amadureceu e resolvemos não deixar o foco restrito apenas aos brasileiros entre Japão e Brasil, mas oferecer o serviço globalmente à todos os que gostariam de fazer uma grana extra viajando pelo mundo e, também, para os que gostam de economizar tempo e dinheiro quando compram produtos importados ou inacessíveis nas suas regiões”, explica Martins.
Processo simples
A ideia é muito simples: quem deseja um produto, cadastra-se gratuitamente no site e escreve lá o que gostaria de comprar. Quem está viajando para algum país, visualiza os pedidos e seleciona aquele que acha mais fácil e simples de trazer na sua mala.
A plataforma faz o intermédio entre as duas partes e fica com apenas 7% do total da compra. Só quando a entrega é confirmada é que o dinheiro é depositado na conta do viajante.
Para fazer o cadastro no site basta ter um endereço de e-mail válido, ou utilizar a conta de uma das duas redes sociais suportadas: Facebook ou Google+.
Quem pretende transportar os pedidos e fazer uma grana extra com o Stuff In Bag precisará ter, ainda, uma conta no Paypal – que é gratuita e pode ser criada em poucos minutos, pois é através deste sistema que a pessoa receberá o valor combinado.
O público alvo do site são pessoas que estão com viagens marcadas e também aquelas que querem adquirir produtos importados ou de difícil acesso na região onde moram.
“Nosso objetivo, hoje, é criar o canal de conexão entre os desejos de compra de alguns com as pessoas que podem concretizá-los, entregando as encomendas de maneira personalizada, com baixo custo de entrega e em menor tempo, se comparados aos métodos tradicionais”, reforça Martins.
Compra segura
Utiyama garante que a principal vantagem de usar o site ao invés de pedir a um amigo, conhecido ou parente é a transação bem sucedida. “A certeza da entrega e do pagamento está no depósito de garantia feito por quem solicita”, explica.
“Quem pediu recebe o produto e quem transportou recebe a grana”, afirma Martins. “Havendo conflitos na transação, nós entramos para mediar e, se necessário, o dinheiro é devolvido ao solicitante. Na eventualidade do viajante adquirir o produto e o solicitante desistir, ajudamos a encontrar outro interessado naquele produto”, completa.
Também não há o perigo do viajante trazer um produto proibido na mala, já que ele sabe exatamente qual é o pedido e ele mesmo quem vai efetuar a compra.
“Nós conectamos desejos e pessoas ao redor do mundo, criando um mundo sem fronteiras”, resume Utiyama.
Rogerio e Diego (dir.) criaram a startup Stuff in Bag para conectar viajantes e compradores
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