King Bird retorna aos palcos após pandemia e divulga novo álbum

Mudanças geram apreensão e expectativa, especialmente quando uma banda altera o posto de vocalista. No entanto, o que ocorreu no início de 2014 com o King Bird após a saída de João Luiz (Casa das Máquinas) e a entrada de Ton Cremon foi uma alteração não somente na posição do frontman, mas na musicalidade do grupo paulistano. Em 2020, a banda paulista de hard rock, disponibilizou nas plataformas digitais seu quarto trabalho, o álbum ‘Alive, Revisited and… Isolated’. Confira aqui: https://kingbird.hearnow.com/

Após a mudança em 2014, com o espírito renovado, Ton Cremon (vocal), Silvio Lopes (guitarra), Fábio Cesar (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria) lançaram em 2016 o seu terceiro álbum, intitulado “Got Newz”, que contou com produção a cargo de Henrique Baboom. “A ideia era mostrar que a banda se renovou novamente. Novo vocalista e aquela mesma sonoridade setentista com uma roupagem do Século 21”, analisa Silvio Lopes. “Pensamentos até em intitular o disco como ‘ReBird’, mas achamos que o pessoal do Angra ia ficar chateado por causa do ‘Rebirth'”, brinca o guitarrista.

Ao mesmo tempo em que mantinha sua personalidade e os pés fincados na expressão musical dos anos 1970, o novo álbum deu um passo à frente e explorava outras tendências do Hard Rock. Assim, ainda que evidenciasse suas influências de Grand Funk Railroad, Deep Purple, Lynyrd Skynyrd, Led Zeppelin, Black Sabbath, Rainbow, Foghat e Free, conseguiu criar também um elo com o Hard Rock dos anos 80 e 90. Ao mesmo tempo em que Silvio Lopes seguia apresentando riffs na escola Blackmore e Iommi, há slide guitar e um tempero típico do Hard de bandas como Whitesnake, Blue Murder e Gotthard.

A arte de capa ficou a cargo de Emerson Russo, que já havia trabalhado com a banda na segunda prensagem de “Jaywalker” (2005), de “Sunshine” (2008) e “Beyond the Rainbow” (EP, 2012). “Apesar de novos elementos, ainda éramos os velhos rockeiros bebedores de cerveja de sempre e então quisemos trazer esse clima para quem for ouvir esse novo trabalho”, disse o baixista Fábio Cesar. “A ideia também foi brincar com a imagem de um jornal contendo elementos no cenário que falem sobre as coisas que nos cercam”, acrescenta o baterista Marcelo Ladwig.

A estreia do King Bird ocorreu em 2003, com o EP “The Gods’ Train”, que obteve reconhecimento por veículos importantes como Rock Brigade, Roadie Crew e Whiplash!, entre outros. Dois anos depois saiu o álbum de estreia, “Jaywalker” (Die Hard Records), trazendo composições que iam do Hard Rock ao Southern Rock, como “Down The Crossroads”, “Old Jack” e “Mother Nature”. O material contou com participações especiais de Marcelo Schevano (Carro Bomba), Heros Trench (Korzus) e do saudoso Hélcio Aguirra (Golpe de Estado). Naquele ano, o King Bird foi considerado pela mídia especializada como uma das grandes revelações do Rock brasileiro.

A banda participou de importantes eventos durante a turnê de divulgação de “Jaywalker”, como o “Brazil Rock In Concert 2006”, onde tocou com grupo inglês Uriah Heep, no Canecão­RJ; o festival do programa Stage Diving, em Presidente Prudente (SP), ao lado de Cólera, Scars e Exxótica; o “Jaguariúna Rock Festival”, com Torture Squad e Shadowside; além de shows ao lado de Golpe de Estado, Tomada, Baranga e Carro Bomba.

Com a boa reputação adquirida no cenário, em 2008 saiu o segundo álbum, “Sunshine”. Mais pesado e denso, destacou faixas como “Getting Over My Faith”, “Here Comes The Zeppelin”, “Cross The Muddy River” e “Let The Rock Roll” e contou com participações especiais de Andreas Kisser (Sepultura), Maurício Nogueira (Matanza), Silvio Golfetti e Heros Trench (Korzus). Durante a turnê “Follow the Sun”, o grupo se apresentou no tradicional “Roça’n’Roll” (Varginha ­MG), além de shows e festivais como “Brazilian Rock Festival” (Três Pontas ­MG), “Rockland” (Matão­ SP), Ibira Moto Point (São Paulo­ SP), IV GP Cidade de São Paulo (Autódromo de Interlagos São Paulo­ SP) e Programa Kiss Club (rádio Kiss FM), entre outros. Além destes, foi banda de abertura para apresentações de lendas como Graham Bonnet (Alcatrazz, Rainbow) e Joe Lynn Turner (Rainbow, Deep Purple).

Afora as apresentações, o grupo não parou de compor e, em 2012, foi a vez do EP de quatro faixas “Beyond The Rainbow”, cuja faixa­ título foi composta em homenagem a Ronnie James Dio (ELF, Rainbow, Black Sabbath, Dio, Heaven & Hell), falecido em maio de 2010. A música, que saiu em videoclipe, reafirmou a influência de Dio, um dos maiores vocalistas do Rock/Metal mundial, no som do King Bird.

Renovada e mais versátil, a banda disponibilizou em 2020 o álbum ‘Alive, Revisited and… Isolated’, trazendo seis faixas ao vivo captadas em show no Sesc Belenzinho (SP), na turnê que promovia o disco ‘Got Newz’ (2016), incluindo regravações do EP ‘Beyond the Rainbow’ (agora com a voz de Ton Cremon) e as versões de clássicos do Black Sabbath e AC/DC que saíram em tributos.

1. Break Away (Ao Vivo)
2. Beyond the Rainbow (Ao Vivo)
3. Old Jack (Ao Vivo)
4. Freeze Frame My Life (Ao Vivo)
5. Daybreak (Ao Vivo)
6. Cross the Muddy River (Ao Vivo)
7. On the Fence
8. 24 Hours
9. Don’t Be Late
10. Beyond the Rainbow
11. Supernaut (versão Black Sabbath)
12. Moneytalks (versão AC/DC)

Fonte: http://www.kingbird.com.br/index.php

Da Redação by Cleo Oshiro

Cleo Oshiro
Últimos posts por Cleo Oshiro (exibir todos)