Dulce Quental: Sucesso dos anos 80 retorna com álbum inédito.
Dulce Quental (57), é uma das precursoras do pop brasileiro e vocalista original da banda feminina “Sempre Livre”, sucesso nos anos 80. A cantora lançou em 2016 “Música e Maresia”, um trabalho inédito em vinil, com gravações dos anos 90. Além de lançar o vinil guardado por mais de duas décadas, seus três primeiros discos solos, Délica (1986), Voz azul (1987) e Dulce Quental (1988) ganharam lançamento digital pela Cafezinho Edições (selo da artista) estando disponíveis no iTunes. Em junho de 2017 a cantora lançou a canção inédita “Tempo circular”, feita por ela em parceria com o compositor mato-grossense Paulo Monarco, sendo o primeiro single do primeiro DVD de discografia solo formado pelos 3 álbuns. O DVD é uma parceria da Cafezinho Edições com o Canal Brasil sendo inspirado no show “Música e Maresia”, sob a direção de Paulo Henrique Fontenelle.
O vinil pelo selo paraense Discosaoleo, traz a marca atemporal da artista reunindo gravações inéditas, realizadas em meados dos anos 90, de composições feitas em parceria com Frejat, George Israel e Luiz Carlini.
Autora de discos clássicos do fim dos anos 80 os fãs da carioca Dulce Quental puderam apreciar o registro dessas composições com os arranjos originais da época, sobretudo canções surpreendentes pela atualidade sonora, pelo pop brasileiro de todos os tempos. Músicos como Sérgio Dias, Sasha Amback, Nilo Romero, Jaques Morelenbaum, além de Frejat e Carlini participaram das faixas. Durante o tempo que ficou afastada da música, Dulce escreveu para jornais, sites e lançou livros.
Do repertório dos anos 80, Dulce interpreta “Caleidoscópio”, “Natureza Humana”, “Não Atirem no Pianista”, “Bossa do Bayard”, “Numa Praia do Brasil” (de Arrigo Barnabé), “Bordados de Psicodélia” (bela parceria com Moska, registrada no CD Beleza Roubada – 2004), “A Inocência do Prazer” (música de Cazuza e George Israel, escrita para ela) e “Qualquer Lugar do Mundo” (de Beto Fae e Aldo Meolla). Destaque também para “O Poeta Está Vivo” (balada escrita com Frejat em homenagem a Cazuza) e “Tempo Circular” (música inédita, parceria com Paulo Monarco), entre outras.
“Eu sempre tive o desejo de lançar um disco com essas gravações. Esperava pelo momento certo. Mas foi preciso um empurrão de amigos e colaboradores para acontecer. A gente não faz nada sozinho. Acho também que estou conseguindo devido ao momento da indústria: a volta do vinil e a possibilidade de um artista independente lançar seu próprio selo e distribuir diretamente por meio de uma plataforma digital sem o intermédio de uma gravadora”, conta Dulce. Ela destaca a importância dos parceiros Mariano Klautau Filho na concepção e Leo Bitar na realização do projeto, além do artista visual José Diniz que cedeu as imagens para a arte da capa do disco.
“Muitas das canções foram gravadas no sistema ADAT, formato que era possível gravar em casa, pois computador e programas de gravação ainda estavam por vir. Não há autotune para corrigir a voz, nem nada desse tipo”, explica a artista.
“As gravações foram feitas, em parte, na casa do Nilo Romero, sem dinheiro, numa época em que as gravadoras estavam totalmente de portas fechadas. Infelizmente, as fitas originais se perderam, mas consegui salvar algumas coisas em fitas DAT, um pré-mix que acabou servindo de master.”
“Tirar isso do baú e adicionar à minha biografia é importante no sentido de olhar retrospectivamente para os caminhos que poderiam ter sido seguidos. Hoje certamente não faria da mesma maneira. Algumas coisas são mais datadas do que outras, mas a compositora está presente ali e a cantora em forma. Uma boa referência para projetos futuros. Importante arrumar o baú antes de seguir em frente. Outros projetos virão. A voz está voltando com força”, concluiu Dulce Quental.
Website: http://www.dulcequental.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/dulcequentaloficial
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCzNMmF6uPSGsLJIZJzcx4MQ/featured
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