Maquiagem para gueixa. Segundo a milenar cultura japonesa, antigamente, uma gueixa casada costumava pintar os dentes de preto para não atrair o olhar de outros homens.

Gueixa, Geiko e Gueigi, são mulheres japonesas que estudam a tradição da arte, dança e canto e se caracterizavam, distintamente, pelos trajes e maquiagens que usam.

Contrariando a opinião popular, as gueixas não são prostitutas, isso é um equívoco
originado no ocidente, principalmente pelas vestimentas das prostitutas tradicionais
serem similares às da cultura das gueixas.

No Japão, a condição da gueixa é cultural, simbólica e repleta de status, delicadeza e tradição. Ao longo dos séculos, esse contexto foi desenvolvido pelo aperfeiçoamento da técnica dessas artes e pela estrutura rígida necessária para se tornar uma gueixa e permanecer como tal.

As gueixas, antigamente, serviam bebidas tocavam shamisem e dançavam para entreter o público.

A palavra gueixa significa literalmente “artista” e no final do século XVIII, esta poderia ser descrita como uma série de artistas japonesas: Shiro, puramente uma apresentadora; Kerobi, uma gueixa acrobata; Kido, uma gueixa que ficava na entrada dos festivais, ou Joro, uma prostituta, sendo esta última a condição que as Gueixas têm sido, errôneamente, confundidas no ocidente, por muitos anos.

A dança das gueixas evoluiu a partir da executada no palco do kabuki. As danças “selvagens e ultrajantes” transformaram-se em uma forma mais sutil, estilizada, sendo uma forma de dança controlada. São extremamente disciplinadas, semelhante ao Tai Chi. Cada dança usa gestos para contar uma história e apenas um conhecedor pode entender o simbolismo contido. Por exemplo, um pequeno gesto de mão representa ler uma carta de amor, segurando o canto de um lenço na boca representa falta de modos e as mangas longas do quimono elaborado muitas vezes são usadas para simbolizar que está enxugando lágrimas.

As danças são acompanhadas por música tradicional japonesa. O principal instrumento é o shamisen. O shamisen foi introduzido à cultura gueixa em 1750 e tem sido dominado por mulheres artistas japonesas durante anos.

Este shamisen, originário de Okinawa, é um como um banjo, instrumento de três cordas, que é tocado com uma palheta. Tem um som muito distinto e melancólico, que muitas vezes é acompanhado pela flauta. O instrumento é descrito como melancólico porque a música do shamisen tradicional utiliza apenas terças menores e sextas. Todas as gueixas devem aprender a tocar shamisen, embora isso leve anos para dominar. Junto com o shamisen e a flauta, a gueixa também aprende a tocar um ko-tsuzumi, um pequeno tambor de ombro em forma de ampulheta, e o taiko, um tambor de chão. Algumas gueixas não só dançam e tocam música, mas também são escritoras, fazendo poemas melancólicos. E outras pintam imagens ou compõem música.

Aparência das Gueixas

Há muitas mudanças de aparência de uma gueixa ao longo de sua carreira, desde quando é uma jovem maiko, (iniciante ) aprendiz de dançarina, que é muito maquiada, até a aparência mais sombria de uma velha gueixa estabelecida.

Diferentes penteados e grampos de cabelo significam diferentes estágios de desenvolvimento de uma jovem, e até mesmo um detalhe preciso como o comprimento de sobrancelhas é significativo. Sobrancelhas curtas demonstram juventude e longas demonstram maturidade.

Ela usa a mesma maquiagem branca para o rosto na nuca, deixando dois ou às vezes três listras da pele expostas. Seu quimono é brilhante e colorido com uma elaborada amarra do obi pendurado até os tornozelos. Ela dá passos muito pequenos e usa tradicionais sapatos de madeira chamados okobo que ficam a quase dez centímetros de altura. Há cinco diferentes penteados que uma maiko usa, que marcam as diferentes fases de seu aprendizado. O nihongami, penteado com kanzashi, cabelo ornamentado em tiras, é mais associado com as maiko,que passam horas a cada semana no cabeleireiro e dormem em travesseiros especiais para preservar o estilo elaborado. A maiko poderia desenvolver uma falta de cabelo causada por fricção das tiras kanzashi e pela maneira como o cabeleireiro puxa seu cabelo para montar o penteado.

Maquiagem

A maquiagem da gueixa é sua grande característica marcante. Mas esta é usada de acordo com seu grau de experiência. É um processo demorado, e é aplicada antes de se vestir para evitar sujar o kimono.

Quando aprendiz, a gueixa usa a maquiagem de forma regular e mantém todo o rosto branco. Ela realmente só usa a maquiagem quando precisa dançar ou para fazer performance a algum cliente.

Quem aplica essa maquiagem na gueixa podem ser a sua onee-san (ou irmã mais velha) ou pela okaa-san (ou “mãe”), de sua casa de gueixas. Sua aplicação é feita com muito cuidado, pois, ao cometer um erro, a aprendiz que está sendo maquiada seria obrigada a limpar tudo e começar novamente. O tempo de elaboração dessa maquiagem pode ser de até duas horas.

A maiko usa um pó branco que cobre o rosto, pescoço e peito, com duas ou três áreas sem estar brancas (formando uma forma de W ou V, geralmente um tradicional forma de W) deixados na nuca, para acentuar uma área tradicionalmente erótica, e uma linha de pele nua em todo o couro cabeludo, o que cria a ilusão de uma máscara. Suas bochechas são acentuadas de pó rosa escuro, e os olhos são pintados de acordo com a idade (vermelho para as mais jovens e vai mudando para preto com a mistura de cores).

Como descrição deste processo, começa-se com a aplicação bintsuke-abura para o rosto e a região superior do peito, aplicando a maquiagem em toda esta área. Esta cera não só ajudará a aderir a pele, mas também irá impedir que a maquiagem caia em seu quimono, o que seria um erro fatal. Logo, irá misturar o pó branco com água para fazer a massa, que é o que dá o aspecto mais visual da sua maquiagem. Este pó foi feito originalmente com chumbo, que era venenoso para a pele e resultava em pontos amarelos, mas hoje é feito a partir de um pó cosmético moderno e é livre de chumbo, e muito mais seguro.

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Radio Shiga by Eliane Konishi

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