China e UE defendem comércio livre e aberto

Pequim, província de Pequim, China, 9 de abril de 2025 – Xinhua – Os líderes da China e da União Europeia reafirmaram seu compromisso com a defesa do comércio livre e aberto, em um momento de crescente apreensão global diante das novas tarifas anunciadas pela administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Durante uma conversa telefônica realizada no dia (8), o premiê chinês Li Qiang e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concordaram sobre a necessidade de fortalecer a cooperação econômica e preservar um sistema de comércio internacional baseado em regras, transparência e abertura.

Li destacou a importância de ampliar a comunicação entre os dois blocos e colaborar ativamente para garantir estabilidade e previsibilidade tanto nas relações bilaterais quanto na economia global. Segundo o líder chinês, a parceria entre China e Europa deve servir de pilar na promoção de investimentos e trocas comerciais livres de barreiras protecionistas.

Já Ursula von der Leyen afirmou que Europa e China compartilham a responsabilidade de apoiar um sistema de comércio forte, reformado e justo, pautado pela igualdade de condições. A dirigente europeia sublinhou que o momento exige um esforço conjunto para resistir às tendências de isolamento e às medidas unilaterais que ameaçam a estrutura do comércio global.

Apesar de divergências recentes, como as tarifas impostas pela União Europeia sobre veículos elétricos chineses, ambos os lados demonstraram disposição para encontrar convergências no campo econômico. A reunião virtual sinaliza uma tentativa de alinhamento frente aos efeitos colaterais da política tarifária dos Estados Unidos.

Enquanto a União Europeia propõe acordos de “tarifa zero” para produtos industriais em resposta às sanções comerciais de Washington, Pequim adota uma postura mais assertiva, aumentando tributos sobre produtos americanos e ampliando medidas de retaliação.

O diálogo entre China e União Europeia ocorre em um momento-chave, quando empresas e mercados internacionais observam com cautela a escalada de tensões comerciais, preocupados com os impactos sobre cadeias de suprimentos e o crescimento econômico mundial.