Paris, França, 09 de julho de 2024 – Agência France-Presse – Uma aliança de esquerda na França se tornou a maior força na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês, contrariando as previsões pré-eleitorais. No entanto, nenhum bloco conquistou votos suficientes para formar uma maioria absoluta.
O segundo turno das eleições ocorreu no domingo (7), após o primeiro turno realizado em 30 de junho. O presidente Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas após sua coalizão sofrer uma grande derrota para o partido de extrema-direita Reunião Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu em junho.
A emissora pública Franceinfo informou que a Nova Frente Popular de esquerda conquistou 180 cadeiras das 577 da Assembleia Nacional, com base no anúncio do Ministério do Interior. O campo centrista de Macron obteve 158 assentos, uma queda de quase 100 em relação ao número pré-eleitoral, enquanto a Reunião Nacional e seus aliados conquistaram 143 cadeiras.
A Reunião Nacional e seus aliados haviam obtido a maior parcela dos votos no primeiro turno das eleições. No entanto, a Nova Frente Popular uniu forças com o campo governista de Macron para unificar candidatos em mais de 200 distritos eleitorais, numa tentativa de impedir que a extrema-direita se tornasse a maior força no parlamento.
Jean-Luc Mélenchon, líder de um partido de extrema-esquerda, afirmou que Macron deveria convocar a Nova Frente Popular para formar um novo governo. Contudo, tanto o campo de Macron quanto o de Mélenchon recusam-se a formar uma coalizão, dada a grande divergência entre suas políticas.
Parece improvável que qualquer grupo consiga formar uma maioria no parlamento, o que pode lançar a França em uma profunda incerteza política. Este resultado inesperado desafia o cenário político tradicional francês e pode forçar novas formas de negociação e governança no país.
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