Kiev, Ucrânia, 23 de maio de 2024 (EFE) – Algumas figuras-chave no Ocidente estão apelando para que a Ucrânia possa utilizar armas fornecidas pelo Ocidente para atacar alvos em território russo. No entanto, o governo dos EUA permanece cauteloso quanto à ideia.
Anders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da OTAN, afirmou em 14 de maio que as restrições que limitam o uso de armas fornecidas à Ucrânia apenas dentro do país devem ser levantadas. Ele argumentou que o Ocidente não pode pedir à Ucrânia que lute “com uma mão amarrada”.
A ex-subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, e um especialista do think tank americano Institute for the Study of War estão entre os que fizeram apelos semelhantes.
O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, disse no início deste mês que a Ucrânia tem o direito de usar armas britânicas para atingir alvos em território russo.
O presidente da comissão de relações exteriores da câmara baixa francesa perguntou em uma declaração no domingo (19) por que a Ucrânia é negada o direito de responder aos ataques russos na mesma medida.
Em um artigo em um veículo de mídia francês, um especialista argumentou que a Ucrânia deveria ser autorizada a atacar alvos dentro da Rússia com as armas que recebeu.
Enquanto isso, o presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Gen. Charles Q. Brown, sugeriu que as armas fornecidas à Ucrânia devem ser usadas contra as forças russas na Ucrânia. Ele disse em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (20) que o ponto-chave é usar as capacidades fornecidas pelos Estados Unidos na “batalha próxima” nas frentes onde as forças ucranianas já estão operando, bem como na Crimeia.
O secretário de Defesa, Lloyd Austin, afirmou que as armas devem ser usadas para o sucesso na “luta próxima”.
Observadores dizem que Washington quer evitar que cidadãos russos comuns se tornem vítimas de ataques ucranianos em território russo, evitando assim a escalada de tensões com Moscou.
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