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terça-feira, 2024/04/30  12:54
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Sobreviventes da bomba atômica pedem ao primeiro-ministro japonês Kishida que assine o tratado de proibição nuclear da ONU

Sobreviventes da bomba atômica disseram ao primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, que desejam que o Japão participe do tratado de proibição nuclear da ONU.

Sete representantes de grupos de sobreviventes se reuniram com Kishida em Hiroshima no domingo (6), após uma cerimônia para marcar o 78º aniversário do bombardeio atômico da cidade.

Eles disseram que a Visão de Hiroshima, o documento sobre desarmamento nuclear divulgado conjuntamente pelos líderes do G7 em maio, não mostra um caminho claro para o fim da dependência da dissuasão nuclear e a abolição das armas nucleares. Eles disseram que o Japão deveria assinar e ratificar o Tratado da ONU sobre a Proibição de Armas Nucleares.

Kishida reconheceu a importância do tratado, mas ressaltou que nenhum dos países com armas nucleares aderiu a ele. Ele disse acreditar que é responsabilidade do Japão, como o único país que sofreu ataques nucleares em tempos de guerra, preencher a lacuna entre as nações nucleares e não nucleares.

Ele argumentou que, ao usar a Visão de Hiroshima como uma base sólida, o Japão ajudará a promover esforços específicos de desarmamento, como o Tratado de Corte de Material Físsil e o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares.

Os grupos de sobreviventes têm solicitado que o Japão participe como observador em uma reunião de estados signatários do tratado de proibição nuclear em novembro. Mas Kishida não comentou sobre esse assunto.

Mimaki Toshiyuki, líder de um dos grupos, disse que Kishida e os sobreviventes têm visões muito diferentes sobre a proibição nuclear.

Sakuma Kunihiko, líder de outro grupo, disse que o importante é que o Japão deve liderar outros países nos esforços para buscar a eliminação das armas nucleares, mesmo que as potências nucleares não estejam dispostas a aderir ao pacto.