Acostumado a abordar temas sociais importantes em seus filmes, o cineasta Alexandre Estevanato apresenta sua nova obra, o curta-metragem Caído, na quarta-feira, dia 23 de agosto, no Sesc Rio Preto. Diferente dos filmes anteriores, Estevanato traz ao público uma obra mais provocativa. “Há tempos essa história rondava meus pensamentos. Acho que vivo uma fase mais madura, mais pé no chão com meu cinema” afirmou o diretor. Confira o Making Off do curta-metragem Caído no final da matéria.
Caído traz uma analogia surreal de um contexto social que vivemos, onde as pessoas se esquivam de suas escolhas e responsabilidades e acabam por terceirizar as culpas das mazelas que acometem suas vidas à outras pessoas, mas nunca a si próprias.
“A psicanálise diz que o sujeito deve reconhecer e se responsabilizar por quem, de fato, se é.” Estevanato traz esse pensamento, fruto da experiência que teve em sua jornada de mais de 6 anos de terapia psicanalítica.
Caído é um curta-metragem de ficção de 14 minutos que apresenta a história de um homem que mora isolado em uma tapera, no meio do mato. Atormentado por seus pensamentos e longe de tudo e de todos, ele não encontra a solitude que tanto deseja, pois é constantemente perturbado por pessoas que vão até ele para atribuir-lhe algum tipo de culpa. Cansado e irritado com a situação, o homem adota medidas extremas para, de algum modo, manter sua sanidade, mas uma visita inesperada vai deixa-lo ainda mais à flor da pele, colocando em xeque, seu futuro e o rumo da humanidade.
Produzido durante o mês de abril no Parque Caipira, em Uchôa, a equipe do filme contou com cerca de 20 profissionais, entre técnica e arte. Segundo Estevanato, foram 3 in(tensas) diárias de muito trabalho, muito ensaio e dedicação por parte de todos, o que resultou em mais um belo trabalho.
Depois da estreia, o curta segue pelos festivais de cinema do Brasil e do mundo. Estevanato é otimista e acredita que o filme pode circular bastante e trazer prêmios relevantes. “Todas as funções foram muito bem desempenhadas, cada movimento de câmera, cada objeto, o figurino, a maquiagem, o som, tudo foi pensado para que o filme trouxesse sua mais pura verdade para a tela”, ressaltou Estevanato.
Vale lembrar que as interpretações de Sérgio Pardal e Roberto Borenstein são um show à parte. Os atores roubam a cena e se tornam o filme, em sua essência.
Embora o filme não tenha tido patrocínios para ser produzido, contou com o apoio da Balau Madeiras, da Borge Engenharia e do Parque Caipira. Alguns profissionais não receberam cachês de participação, mas se propuseram a participar do projeto por acreditarem no potencial do filme.
Ficha Técnica
Sérgio Pardal – Ator
Roberto Borenstein – Ator
Fernanda Barban – Assistente de Direção, Continuista
Luiz Áureo – Direção de arte, Still
Zé Tomaz – Direção de Fotografia – Gaffer
Nath Fiorani – Assistente de Fotografia
Mona Luizon – Assistente de Produção
Leandro Fermino – Captação de Som Direto, Desenho de Som, Edição de Som, Foley, Mixagem, Trilha Sonora
Cinthya Siaticosh – Figurinista
Marcio Merighi – Cabelo e maquiagem
Juca Vasques – Edição, Collor Grading, Finalização
Jeff Rafael – Making Of
João Mantovani – (Canto tribal)
Luane Cordeiro Cardoso – (Canto tribal)
Além dos atores, o filme tem a participação especial da banda Psicorange de Rio Preto, de Pérsio Lopes, Cláudia Baffi e Hugo Augusto.
Serviço:
A exibição do curta-metragem Caído será na quarta-feira, dia 23 de agosto, às 20h no Sesc Rio Preto.
A entrada é gratuita e o público deve retirar os ingressos com uma hora de antecedência. Haverá bate-papo com o diretor Alexandre Estevanato e parte da equipe após a sessão.
Fotos by Luiz Áureo
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