Autoridades de defesa britânicas estão alertando sobre a possibilidade de mais inundações nos próximos dias após o rompimento de uma barragem no sul da Ucrânia. Os observadores dizem que o impacto do incidente na contraofensiva da Ucrânia contra a Rússia deve ser limitado.
Os militares da Ucrânia anunciaram na terça-feira (6), que a barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka, no rio Dnipro, na região de Kherson, foi destruída pelos russos.
Um governador local disse que estavam sendo feitos esforços para evacuar os cerca de 16.000 residentes expostos ao perigo de inundação.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse na mídia social na quarta-feira (7), que pelo menos dezenas de milhares de pessoas permanecem na área, mesmo após o início da invasão russa. Ele também disse que centenas de milhares de pessoas ficaram sem acesso normal à água potável.
Autoridades russas na área disseram à agência de notícias estatal TASS que sete pessoas foram dadas como desaparecidas em áreas controladas por Moscou.
A Ucrânia culpa a Rússia por realizar uma detonação interna das estruturas da represa.
A Rússia diz que a Ucrânia sabotou a represa.
O Ministério da Defesa britânico tuitou na quarta-feira (7), que o nível de água na represa estava em um nível recorde antes do colapso. Isso resultou em um volume particularmente alto de água inundando a área a jusante.
O ministério também disse que é altamente improvável que a usina nuclear de Zaporizhzhia, cuja água de resfriamento é fornecida pela represa, enfrente problemas de segurança adicionais imediatos como resultado da queda dos níveis de água no reservatório.
Mas a estrutura da represa, provavelmente, se deteriorará ainda mais nos próximos dias, causando mais inundações.
O instituto de pesquisa norte-americano Institute for the Study of War disse que ainda não havia observado evidências claras do que aconteceu na usina de Kakhovka na terça-feira (6), e que não podia oferecer uma avaliação independente da responsabilidade.
O instituto também disse que as autoridades ucranianas ofereceram garantias de que os danos à barragem e a subsequente inundação não impediriam os preparativos da contraofensiva ucraniana.
O instituto disse que as áreas afetadas pela inundação estão muito longe da linha de frente e que não é provável que a inundação afete as áreas que têm sido alvo de combates ativos recentemente.
O Ministério da Defesa da Rússia afirma que as forças ucranianas iniciaram sua contraofensiva.
As autoridades de defesa britânicas também afirmam que houve um aumento substancial nos combates ao longo de vários setores da linha de frente, sugerindo que os movimentos das forças armadas da Ucrânia, para retomar seu território, estão entrando em uma nova fase.
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