Atenção aos sinais de aviso de suicídio infantil

Atenção aos sinais de aviso de suicídio infantil. Mesmo entre as crianças que gostam das férias de verão, há casos em que a infelicidade sobre os relacionamentos na escola fazem com que as crianças tirem suas próprias vidas.

Para evitar esta terrível situação, os especialistas recomendam usar as férias de verão para reavaliar se sua casa é um lugar confortável para o seu filho, e se o relacionamento pais-filho é aquele em que eles se sentem capazes de se aproximar de vocês e compartilhar o que está incomodando.

Principais sinais de risco de suicídio:

Mudança súbita de comportamento, caráter ou atitudes.
Fazendo preparativos de despedida (colocando as coisas em ordem, arrumando, dando pertences que considera valiosos).
Abuso de álcool ou drogas.
Suicídio recente de alguém próximo.
Dando dicas sobre suicídio.
Auto mutilação.
Fugir de casa.
(Baseado em documentos do Ministério da Educação)

Uma mulher, em seus 40 anos, que vive na região de Kanto, foi contactada por um professor do ensino médio a respeito de seu filho, um estudante do primeiro ano, na época. “Eu vi o seu filho portando um estilete na escola. Estou preocupado que ele possa estar se auto-machucando”, disse o professor.

A mulher ajudou seu filho durante os períodos em que ele tendia a ficar em casa, mas disse: “Eu nunca pensei que ele estivesse em um lugar tão ruim.” Falando com a escola, eles conseguiram passar por isso, mas olhando para trás, naquele tempo, seu filho disse: “Minha mãe estava sempre ocupado, então eu não sabia como falar com ela.”

De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar, as crianças que cometeram suicídio em 2015 foram: seis alunos do ensino primário, 102 alunos do ensino fundamental e 241 estudantes do ensino médio. O número de alunos do ensino médio superou 100 pela primeira vez em 17 anos, desde 1998.

Além disso, de acordo com o relatório de 2015 sobre contra medidas de suicídio, foram examinados 42 anos de incidentes com crianças até 18 anos, de 1972 a 2013, 1º de setembro foi a data com o maior número de suicídios. Havia também, cerca de 100 mortes em datas que caíram no final das férias de primavera e feriados prolongados, mostrando que um número notável de suicídios ocorrem logo após o fim de prolongados descansos.

“Se o estresse intenso que os adolescentes sentem é voltada para dentro, pode levar à faltas na escola ou exilio social”, disse o conselheiro da escola, Junko Sakanaka, um membro do conselho de colaboradores em estudos de pesquisa com relação a prevenção do suicídio de filhos no Ministério da Educação, Esportes, Ciência, Cultura e Tecnologia. “O estresse, ao atingir seu limite, pode se manifestar na forma de suicídio”, disse Sakanaka.

O fim das férias escolas, especialmente, provoca uma grandes mudanças no estilo de vida de uma criança. Para aqueles que sentem o estresse da escola, a turbulência emocional e a pressão de voltar são fortes, e acredita-se que isso pode facilmente levar ao suicídio.

Para prevenir o suicídio, os pais devem ficar atentos a quaisquer sinais apresentados por seus filhos. Além disso, “os pais não devem censurar as crianças, se ficam no quarto ou não participam de reuniões familiares, em vez disso devem mostrar-lhes que a casa é um lugar onde eles podem se sentir seguros.”

Quando as crianças se sentem seguras, eles baixam a guarda e pode começar a se abrir e falar. Quando isso acontece, “Não se intrometa, e dedique-se a ser um ouvinte ativo”, disse Sakanaka. “Quando as crianças sentem que a mãe e o pai estão tentando entender, isso eleva sua confiança nos pais.”

No entanto, também há crianças que têm dificuldade para discutir seus problemas com os pais. Segundo o psiquiatra Yoshitomo Takahashi, presidente do conselho do Ministério da Educação, essas crianças podem se abrir para um amigo próximo, mas eles podem ter dificuldades para chegar a uma solução juntos.

“Como resultado, a criança fazendo a confidência se convence de que morrer é a única saída”, disse Takahashi. “A criança que é confidente não pode deixar o seu amigo sozinho, e pode abraçar a idéia de morrerem juntos.”

Para evitar tal situação, “Faça o hábito de repetir-lhes:” É importante falar com um adulto”, disse Takahashi. Isto significa dizer-lhes que há uma abundância de adultos em torno, além dos pais, como um professor, a enfermeira da escola, o conselheiro da escola, um parente ou vizinho.

Consultas telefônicas também estão disponíveis. “Colocar em casa uma lista de números para chamar quando estiver angustiado é outra maneira de ajudar”, aconselha Sakanaka. “Isso pode levar a criança a pegar o telefone e ligar.”