Maestro Branco, será homenageado no Auditório Ibirapuera.

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Maestro Branco, será homenageado no Auditório Ibirapuera. O instrumentista, regente, compositor e arranjador José Roberto Branco, mais conhecido como Maestro Branco, será homenageado no Auditório Ibirapuera no dia 26/06/2016 as 19:00 horas. A experiência do Maestro Branco com a musica instrumental aconteceu na adolescência, quando ao sair do cinema, passou num certo lugar e ouviu pela primeira vez o som do trompete. Dai em diante sua vida tomou um rumo diferente, onde foi  se aprimorando através  da influência da música europeia em seus estudos e sua experiência em orquestras. Maestro Branco é compositor e arranjador residente da Escola do Auditório, e Ensaiador da Orquestra Brasileira do Auditório (OBA).

10001506_216289388567930_1147548115_nJosé Roberto Branco iniciou os estudos musicais em sua cidade natal Pederneiras – SP e prosseguindo-os em São José do Rio Preto, onde estudou teoria, solfejo e harmonia. Já em São Paulo aprendeu harmonia modal, composição, improvisação e harmonia do Jazz, com Cláudio Leal e contraponto com o falecido H. J. Koellreutter, compositor, e musicólogo alemão, um dos nomes mais influentes na vida musical no país.

11059437_775121042556059_484618836189258209_nAtuou como arranjador e diretor musical do cantor Wilson Simonal, na casa de shows “O BECO” e na extinta TV Tupi. Escreveu arranjos e gravou vários discos com os mais diversos intérpretes brasileiros de renome, dentre eles, Jair Rodrigues, com quem excursionou pelos Estados Unidos.

Em 1988 ajudou a criar a Banda Savana. A Banda Savana foi criada com o propósito de preservar e divulgar as raízes de sua cultura, fazendo um trabalho de busca da identidade musical brasileira, resultado de um projeto que teve início em 1984. Banda Savana gravou os CDs “Brasilian Movementts”(1991) e “Brasilian Portraits”(1992) que foram editados na Dinamarca sob a direção do Maestro José Roberto Branco.

Desenvolveu pesquisas sobre a música indígena, raízes africanas, a música dos jesuítas e a influência europeia na música brasileira. Sua obra e seu método de trabalho são objeto de pesquisa para mestrado do maestro Ruy Carvalho pela Unicamp. Ele é professor de música no Conservatório de Música e Dança Villa Lobos, em Osasco (SP), além de exercer o ofício de arte-educador em música para crianças no Auditório Ibirapuera.

m-branco_horizontal_web_640x400_widenA Orquestra Furiosa, uma das formações da Escola do Auditório, composta de 32 jovens músicos e três cantores, sobe ao palco do Auditório Ibirapuera nesta noite especial para prestar uma homenagem – em nome de todos os alunos, professores, amigos e admiradores – ao maestro, arranjador, instrumentista e professor José Roberto Branco. A apresentação conta com a regência de Nailor Proveta (maestro, arranjador, instrumentista e diretor artístico-pedagógico da Escola) e do próprio homenageado.

Segundo Branco, decano da Escola do Auditório, receber a notícia da homenagem foi uma surpresa. “Geralmente os artistas vivem esse tipo de coisa”, diz. “Nós, músicos, somos mais reservados. Mas eu estou muito feliz.” Os integrantes da Furiosa apresentam um repertório escolhido de forma pedagógica, levando em conta composições que falam da relação deles com o maestro e tocando como forma de agradecimento ao mestre.

11119705_775120992556064_6646607151541567379_n“Eu escolhi composições que contam a história dessa relação do Branco com os alunos – e com todos nós – e como nós aprendemos ouvindo os arranjos dele”, diz Nailor Proveta. “Os alunos se reconhecem nesse repertório; conseguem enxergar a história deles […] Imagine você passar anos em um lugar onde há pessoas cuidando da sua música, da sua vida, até da sua família, como acontece aqui na Escola do Auditório”, complementa. “A música é a coroação dessa relação.”

Com uma vida dedicada à música e sempre preocupado em captar a essência da composição, criando para ela uma nova linguagem, o maestro Branco desenvolveu arranjos e pesquisas no meio musical (sobre música africana, indígena, dos jesuítas e sobre a influência europeia na música brasileira) ao longo de sua trajetória artística, contribuindo de forma singular, por meio de sua obra, para a propagação e o ensino dessa arte às novas gerações.

Para saber mais sobre o maestro José Roberto Branco, acesse o Álbum Itaú Cultural.

Para saber mais sobre a Escola do Auditório, que conta com direção-geral do Itaú Cultural e  está com inscrições abertas para o processo seletivo 2016, clique aqui.

12545305_172940913068242_1145342486_n“O trabalho do maestro Branco aqui na Escola do Auditório é um presente que todo mundo ganha”, diz Proveta. “Ele nos ensinou como é cuidar da educação de uma forma muito particular […] É um educador nato”, conta. “Para mim, é uma tarefa muito especial estar aqui, ajudando na educação […] mas, principalmente, aprendendo com essa meninada […] E, se eu estou aprendendo com eles durante todos esses anos, não teria melhores convidados para fazer essa homenagem, tocando.”

Questionado sobre o que o inspira a fazer arranjos, Branco responde que o universo entra nisso. “O universo é muito importante para nos inspirar”, diz o maestro. “São as coisas bonitas que Deus criou […] Você está tendo contato com ‘ele’; é outra coisa, é outro mundo […] Por mais que a gente se acostume, nós sempre nos sentimos abençoados por ter a música em nossas vidas […] Sem a música, não daria para viver […] Tem coisas que não dá para explicar. É preciso sentir.”

A respeito da sensação de ver um aluno deixando a Escola do Auditório depois de formado e iniciando a vida profissional na música, Branco diz que sente muito orgulho. “A gente se sente como pai desses garotos”, diz. “Temos orgulho de ver essa meninada estudando, se dedicando […] O que Deus passou pra gente, nós passamos para os outros agora. Nós temos essa obrigação. Quando se trata de arte, de música, temos outro princípio para lidar com isso. A parte humana […] Para nós, é gratificante.”

14051_771791966222300_5195325309736024721_nO conselho do mestre para os atuais alunos e futuros musicistas, maestros e arranjadores – não só da Escola do Auditório – é o estudo e a dedicação. “Não tem outro caminho”, diz Branco. “Eu levo a música como uma coisa sagrada. Não é para qualquer um, não”, explica. “É para quem tem garra, interesse mesmo […] É preciso estudar e se dedicar muito.”

“Eu fico muito feliz em fazer parte desse momento do maestro Branco, porque ele é um amigo e professor muito especial”, diz Proveta. “É uma pessoa querida, que vem ajudando muitas outras gerações […] Ele abdicou de quase tudo na vida dele para fazer música”, conta. “Ele é uma poesia como amigo […] Não fala de música, de política, de futebol, de nenhum assunto diretamente. Fala sempre como se estivesse tocando ou fazendo uma música”, explica. “A música dele é sempre viva. Isso é demais.”

  • Dia:

    26 de junho de 2016

  • Horários:

    às 19h

  • Duração:

    80 min (aproximadamente)

  • Ingressos:

    Gratuito. Distribuição de ingressos na bilheteria do Auditório, uma hora e meia antes da apresentação. Limite de dois ingressos por pessoa. Sujeito à lotação da casa.

  • Classificação Indicativa:

    livre para todos os públicos

  • http://www.auditorioibirapuera.com.br/2016/06/08/homenagem-ao-maestro-branco/

Radio Shiga by Cleo Oshiro Oficial Page: http://wp.radioshiga.com/programacao/

Cleo Oshiro
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