Beto Saroldi: O Requinte e a Beleza da Música Instrumental. Beto Saroldi, descendente de italianos, nasceu em Copacabana – Rio de Janeiro, é casado, tem dois filhos, Luca e Giovanna, é um instrumentista conceituado no meio artístico, onde desempenha com grande arte sua música usando um dos instrumentos mais fascinantes que existem… o Saxofone. Beto Saroldi é compositor, arranjador e produtor musical, com participações em shows de grandes nomes da música brasileira, seja em turnês ou gravações, acumulando uma riquíssima bagagem musical e cultural na sua extensa trajetória artística e vai nos contar um pouco sobre sua arte magnifica que é a música instrumental onde nos presenteia com um belíssimo show no Saxofone.
Beto, quando iniciou na arte do Saxofone?
Comecei a estudar Saxofone aos 16 anos de Idade.
Mas no início você tocava bateria?
Sim, o começo foi como baterista aos 11 anos de idade, e influenciado pelos Beatles e os Rolling Stones, ainda criança, toquei em festas e bailes.
Qual a sua formação musical?
Estudei Flauta Clássica com a professora Maria do Carmo (1ª Flautista do Theatro Municipal) e Saxofone com o Maestro Paulo Moura. Sou formado em Saxofone e harmonia no Instituto Villa Lobos – RJ.
O interesse em especial pelo Saxofone foi seu ou influência familiar?
Na verdade quem me influenciou a tocar Saxofone, foi o meu mestre Paulo Moura que me encontrava nos corredores do Villa Lobos, e vivia me convidando para assistir uma aula sua e aprender Sax. Eu resistia por ser aluno de Maria do Carmo, que dizia que o Sax atrapalharia a embocadura da Flauta. Mas Paulo Moura tinha uma boa conversa, e depois de tanto insistir comigo, me disse: “Com essa altura, com esses cabelos longos, você vai seduzir as meninas tocando Sax!!!”. Era tudo que eu precisava ouvir para aceitar tão bom convite. Então, eu o respondi: “Quando posso começar as aulas de Sax, Paulo” (E demos muitas risadas e no dia seguinte eu estava em sua sala de aula). Ótimas recordações.
Quando ganhou seu primeiro instrumento musical?
Bem, ganhei do meu pai o 1º instrumento aos 11 anos de Idade.
Os Saxofones são comprados no Brasil ou exterior?
Os Saxofones são comprados lá fora, em viagens que faço em turnês pelo mundo. Uso a Marca Selmer (Paris). São os melhores Saxes do mundo. Infelizmente o Brasil está muito longe de fabricar instrumentos de alto padrão e qualidade.
Quanto pesa um Saxofone?
O Sax Tenor pesa em torno de 5Kg. Cada marca, cada fábrica apresenta um peso diferente, mas em torno disso.
Mesmo não sendo seu instrumento, você tem admiração por um certo Trompetista?
Realmente Trompete não é o meu instrumento, mas os Trompetistas que eu mais admiro são Miles Davis (Trompetista Americano e lenda do Jazz), e meu amigo já falecido, o extraordinário Marcio Montarroyos, que além de amigo, tocou em vários discos meus.
Quando iniciou sua carreira profissionalmente?
Iniciei minha carreira profissionalmente em 1975 com Eduardo Dussek no Teatro Opinião.
Quais suas influências musicais?
Minhas influências são os Beatles, Rolling Stones, O Jazz que aprendi com Paulo Moura, o Saxofonista John Coltrane, Miles Davis, o Saxofonista Grover Washington Jr, a música do extraordinário Stevie Wonder, da gravadora Motown Records, que tanto influencia a música que faço, unindo o Jazz e a Soul Music.
Quando lançou seu primeiro CD?
Meu 1º Album “Metrô” foi lançado em 1988.
Quantos CDs gravados no decorrer da sua carreira e quais as características musicais que diferencia cada um deles?
São cinco CDs gravados em meu nome. O 1º “Metrô” tem um toque mais jazzístico, não abrindo mão das baladas Românticas como “Our Love” (Michael McDonald) e “Aqui & Agora” (Gilberto Gil). “Charm” lançado em 1994, você já pode notar uma nítida influencia da Soul Music em meu trabalho, utilizando Vocal na música instrumental o que me diferencia dos demais colegas de instrumento, por sinal. “Visões de Você” lançado em 2000, e que tem apresentação de meu amigo Erasmo Carlos, segue nessa linha Brazilian Soul e marca as melodias de Sax, com arranjos feitos por mim para Backing Vocals. “Segredos do Coração” (2009) é um disco totalmente diferente em minha carreira. É dividido entre minhas composições e canções que adorei interpretar e que ficaram belíssimas no Sax como “Noites com Sol” (Flavio Venturini & Ronaldo Bastos), o balanço Soul Brasil de “Eu Amo Você” (Cassiano), e o mega hits “What’s Going On” do fantástico Marvin Gaye. O mais recente é “Rio Sugar Loaf” que é uma homenagem a minha Cidade, o Rio de Janeiro e mostra definitivamente o Balanço Carioca com pegada Motown. A música “Rio Sugar Loaf” foi feita comigo dirigindo e ao ver o morro do Pão de Açucar, começou a vir a melodia, então diminui a marcha de meu carro, e fiquei pegando o retorno e dando voltas e mais voltas, curtindo aquela que é a vista de que mais gosto da Cidade, e cantando a melodia para não esquece-la até conseguir chegar ao Studio e gravá-la. Irresistível!!!
Como compositor faz um lindo trabalho, onde um dos seus CDs recebeu a indicação para o Prêmio Sharp. Qual o critério para gravar outros autores?
O CD “Charm” foi indicado a melhor disco instrumental daquele ano e como comentei acima, desde meu 1 Album “Metro” sempre gravo algum compositor que me chama mais atenção. Sou compositor e agradeço muito a Deus o dom que recebi, mas existem muitas músicas lindas no mundo, e como eu passei boa parte de minha vida, gravando discos, gosto de interpretar uma boa melodia.
Já teve alguma música que foi tema de novela?
O 1º Album “Metrô” já saiu da fábrica com a Música “As Bruxas,
tema da novela “Bebê a Bordo”. “Balada do Otto” foi feita por mim especialmente para o personagem de Francisco Cuoco na Novela “Deus nos Acuda”. “Italian Mission” DJ Memê Featuring Beto Saroldi faz parte de Trilha da Novela “Despedida de Solteiro” Internacional.
Você participou de um dos momentos mais importantes da música que foi a Pec da Música, inclusive com apresentação no Congresso Nacional?
Sim, foi um momento marcante em minha carreira quando vencemos a PEC da música, emenda 123/2011 do Deputado Otávio Leite. Medida essa que isenta de impostos CDs & DVDs. Eu sou o 1º Saxofonista a tocar no Congresso Nacional.
Com a aprovação da lei, a situação melhorou realmente?
O Brasil está engatinhando, principalmente na área de Música Digital, que é uma tendência mundial, muito ainda há de ser feito, mas não há duvidas que a medida do Deputado Otávio Leite foi de uma relevância enorme para os que consomem músicas e para nós, músicos, produtores e compositores.
Sua carreira é internacional. Em quais países já se apresentou?
Passei a maior parte de minha vida em Aeroportos, Hotéis e palcos do Mundo inteiro, tocando inclusive nos maiores festivais de Jazz do mundo dividindo noites com astros como o inesquecível BB. King, Miles Davis, Paco De Lucia e muitos outros. Com tanta bagagem musical me apresentei na América do Sul, Ásia, Europa & EUA.
Seu talento e experiência resultou em apresentações com grandes nomes da MPB. Com quem já dividiu o palco?
Tive a felicidade e a honra em tocar com as maiores estrelas da MPB, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Lulu Santos, Fagner, Barão Vermelho, Capital Inicial, Wagner Tiso & Lô Borges, Zizi Possi são alguns dos artistas que guardo no coração.
Inclusive participou do Especial de Fim de Ano do cantor Roberto Carlos?
Participar do especial de fim de ano do Roberto Carlos na Globo foi um grande presente. Poder estar perto dele, observar o quanto Roberto é detalhista e profissional e os momentos de descontração no camarim, com ele feliz contando piadas e brincando conosco e por fim, poder tocar aquelas músicas maravilhosas dele e do Erasmo!!! Que alegria!!! Ainda fizemos um belíssimo Show no Teatro João Caetano no Rio, quando eles receberam uma bela e merecidíssima homenagem pelo conjunto da obra no Prêmio Shell em 1997. Naquela noite pude reafirmar o quanto Roberto é perfeccionista, pois ele leva o Palco para todo lugar onde se apresenta. Toda a estrutura, tudo é montado por sua equipe. Já ficou rico há mais de quatro décadas atrás, não precisava de tanto preciosismo, mas precisa sim, e adoro isso nele, faz dessa forma porque ama o que faz. Parabéns ao Roberto!!!
O Erasmo participou de um dos seus CDs e você do dele. Vocês tem um vínculo de amizade muito forte?
Erasmo Carlos apresenta meu CD “Visões de Você” com palavras lindas e eu tive a honra de gravar seus grandes sucessos. Quando fiz minha 1ª turnê com ele, recebi o convite em seu camarim, logo após o 1º Show, de gravar o seu disco quando chegássemos ao Rio. Erasmo estava encantado com minha maneira de tocar Sax, dos solos, da pegada “Rock” que sua música tem. Eu compreendo muito bem isso, pois além de tocar MPB, Jazz, Blues e Soul, eu comecei tocando Rock, e chegando ao Rio, gravamos o disco “Mulher” seu grande Albúm, e com os Solos de “Pega na Mentira” e “Minha Superstar”, o meu telefone não parou mais de tocar. O disco explodiu nas rádios e TVs, viajamos o ano inteiro, e nunca mais parei de gravar. Todos me queriam, arranjadores, produtores, artistas, todos queriam minha assinatura em seus discos. Nos tornamos amigos, frequento sua casa, e já passei muitas noites de Natal em sua casa. Ultimamente nos falamos mais por telefone. Eu amo muito a família Esteves.
Aliás você tem histórias bonitas de parcerias musicais, que se transformaram em grandes amizades como o Wagner Tiso e Gilberto Gil?
Com Wagner, fizemos aquela turnê memorável junto a Lô Borges tocando todas aquelas músicas espetaculares do Clube da Esquina e Gil é um amigo querido que a vida me deu de presente. Flora e Gil são meus padrinhos de casamento e adoro quando estamos juntos. Mesmo eu sendo de família Italiana, com a morte de meus Pais, minha família ficou pequena, somos minha mulher, meus dois filhos e eu, então quando vou as festas na casa de Gil, é sempre uma grande alegria. Gente à beça, e Flora sabe como ninguém unir todos os filhos, os amigos, a família. Uma casa feliz a de Gil!!! Amo muito essa família e claro, devo muito a Gil por ter me levado ao mundo.
Gostaria que falasse sobre a sua participação no DVD Concertos MPBR. Foi um marco importante na sua trajetória?
Foi muito bacana ter participado desse Concerto que virou o DVD Concertos MPBR. Tínhamos feito o DVD do Erasmo antes, que aliás, é um sucesso até hoje, e ter gravado esse DVD, me possibilitou a tocar pela 1ª vez com Maria Bethânia, e ainda participam Zélia Duncan e Wanderléa. Depois fizemos Shows pelo Brasil e meu amigo Frejat juntou-se ao grupo. Foi muito bom. É bom lembrar que o DVD Concertos MPBR foi gravado no Show do Canecão, a principal casa de Shows do Rio de Janeiro. Fiz grandes Shows ali, e temporadas inesquecíveis no Canecão com diversos artistas, então quando passo por ali, e vejo a casa fechada, me dá um sentimento de indignação enorme. Em 2010, a UFRJ proprietária do imóvel, venceu uma batalha judicial e retomou a posse do terreno. Não quero entrar na polêmica entre a Universidade e a Família Prioli que em todos esses anos transformou o Canecão na grande casa de Shows do Rio, mas me irrita e me entristece profundamente ver aquele terreno completamente abandonado, largado e jogado as traças. É inaceitável. Desculpe-me pelo desabafo, mas eu esperava muito mais do reitor da Universidade.
Você já se apresentou com o Jim Capaldi. Como foi a experiência de tocar ao seu lado?
Ter conhecido e tocado com Jim Capaldi do Grupo Inglês Traffic foi outro grande presente que vida me deu. Eu era muito jovem, e sempre curti muito o som do Traffic bem antes de pensar conhece-lo, escutava e conhecia muito bem os discos “Low Spark Of High Heeled Boys”, “John Barleycorn Must Die”, “Dear Mr. Fantasy”, então foi um prazer enorme tocar todos aqueles clássicos. No começo me pareceu um desafio, afinal Jim vinha de um grupo muito famoso e que tinha o espetacular saxofonista Chriss Wood em sua banda, mas sinceramente, eu estudava muitas horas meu Sax por dia, e estava pronto para aquele desafio. Como bom Inglês e totalmente diferente do mundo do Jazz em que quase tudo é improviso, Jim Capaldi gostava de ensaiar, e de ensaiar muito. Tocamos por um ano seguido, sempre ensaiando bastante até ter total controle das canções. Foi uma grande fase em minha vida. Como eu falei no começo, eu era muito jovem, e não tínhamos a facilidade de hoje em dia em que os telefones se tornaram uma ferramenta incrível de divulgação com suas câmeras. Por incrível que pareça, não tenho nenhuma foto com o Jim. Mas está muito bem guardado comigo as lembranças dos ensaios, do Show incrível que fizemos no Vitória Club em São Paulo com a casa lotadíssima, com as pessoas curtindo nosso Show, querendo chegar cada vez mais perto do Palco para nos ver, curtir e gritar a cada final de música. Quando tocamos “Favela Music” sucesso do Jim, a casa veio abaixo. Loucura total. Noite inesquecível! Club lotado, histeria na plateia, um Astro Inglês, gente finíssima, música da melhor, mulheres lindas, boa bebida! Ah, foi lindo! No dia seguinte, pegamos o Avião para o Rio, porque tínhamos Show em uma Casa no Alto da Boa Vista, e os ingressos estavam todos esgotados!
Em março de 2015 você fez um show em Homenagem a Mulher, que foi um grande sucesso, onde recebeu muitos aplausos e elogios pela beleza do espetáculo. Tem uma banda fixa que o acompanha nos shows?
Essa foi uma proposta do Ottomar Grunewald o Otto, grande empreendedor e empresário da melhor casa de Shows da Tijuca. Ele me convidou para fazer o Show no Otto Music Hall na véspera do Dia Internacional da Mulher. Achei uma grande sacada dele. Eu já tinha lotado o Otto Music Hall em Outubro de 2014, então mudei algumas músicas e fiquei pensando qual música eu faria para homenagear as mulheres que estavam ali presentes. Depois de tanto pensar; escolhi “Super Homem” de Gilberto Gil. E foi um momento belíssimo no Show. As pessoas aplaudiram muito e se emocionaram também. Participaram do Show a Banda que toca comigo há bastante tempo: Cleber Rennó – Piano & Samplers, Mila Schiavo – Percussão, Luiz Comprido – Guitarras & Tati Vidal- Voz.
Sua música é de um bom gosto surpreendente, refinada e clássica. Porque esse estilo não tem um espaço maior na mídia?
Eu agradeço por você se referir a minha música como sendo de bom gosto e refinada. Gosto muito disso, obrigado. E na verdade, quem assisti meus Shows, quem me acompanha são pessoas de muito bom nível social, cultural e de muito bom gosto. De uns anos pra cá, nosso espaço nas TVs e rádios diminuiu bastante, o que é uma pena. Isso é aqui no Brasil, nos EUA existe uma rádio Instrumental de Smooth Jazz que toca música 24h por dia e é fantástica. Quando desci para o estacionamento do Aeroporto em minha chegada a Flórida, a 1ª coisa que fiz foi pedir ao funcionário da empresa de aluguel de carros, que sintonizasse em uma boa rádio. Ele não pensou duas vezes, colocou na Rádio de Smooth Jazz, sem anúncios, somente música. Bem diferente daqui do Brasil. Vale lembrar que no final dos anos 80, quando fiz o meu Show ao ar livre no Parque da Catacumba na Lagoa, com ingressos grátis, e financiado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, tinham 5000 pessoas assistindo ao Show. Tinha pessoas em cima das árvores de tão cheio que estava o parque. Minhas músicas tocando nas rádios, eu participando de programas de TVs, assim tudo funciona e o público comparece. Mas o Brasil vem empobrecendo muito Culturalmente nos últimos anos, e isso é preocupante. Os valores também estão mudando. Quando eu vejo a mídia tratando como Superstar “Artistas” (se é que podemos trata-los assim) como Wesley Safadão, Nego do Borel, MC duduzinho, que não cantam absolutamente nada, e a “música” é um verdadeiro lixo, isso me preocupa. O perigo disso tudo, são pessoas mal informadas e de baixa renda, achar que isso é bom… Muito cuidado…
Seu estilo musical tem um público seletivo e diferenciado, afinal é uma música para gostos refinados e não com apelos populares que visam atingirem uma grande massa. A música de qualidade não é valorizada como deveria?
Tenho certeza de que o dia que as rádios, TVs e os meios de comunicação, voltarem a tocar a nossa música, todo esse cenário vai mudar, podendo atingir a um número muito maior de pessoas, sem nunca jamais abrir mão da qualidade.
É verdade que é um grande colecionador de discos?
Sim, até nisso, eu sou romântico. Sou um bom colecionador de discos. Adoro folhear um álbum quando o escuto. Ler a ficha técnica, admirar a capa. Adoro. Herdei essa paixão de meu Pai que foi um grande colecionador de discos raros de música Clássica e Óperas Italianas.
Alguma novidade ou projeto novo em estudo?
Projeto novo, nessa mente inquieta que é a minha sempre existe. Estamos pensando em fazer um Albúm com Produção Musical assinado por mim da extraordinária cantora Rosa Marya Colin cantando músicas de Billie Holiday. Eu quero muito realizar o projeto de gravar um Albúm “Beto Saroldi Love Songs”. É um projeto caríssimo pelo pagamento dos direitos autorais. Só se for financiado pela minha gravadora a Sony Music, ou se outra gravadora se interessar, mas adoraria fazê-lo.
Meus Shows estão sempre lotadíssimos, e você, quando vai poder realizar o meu sonho de me levar para me apresentar no Japão, Cleo??? Não vejo a hora de poder me apresentar para esse povo maravilhoso!
Quem sabe num futuro bem próximo né? Vamos torcer para um empresário de bom gosto nos agraciar com seu talento aqui no Japão.
Terminamos por aqui. Obrigada Beto Saroldi.
Eu que agradeço o carinho Cleo Oshiro, e até breve!!!
Da Redação by Cleo Oshiro
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