Falha no 8º lançamento do foguete H3 preocupa setor espacial japonês

Radio Shiga

2 horas atrás

Kagoshima, Kagoshima, Japão, 22 de dezembro de 2025, Kyodo News – A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) confirmou que o oitavo lançamento do foguete H3 terminou em falha após um problema no motor do segundo estágio, impedindo que o satélite Michibiki No. 5 fosse colocado em sua órbita planejada. O foguete decolou do Centro Espacial de Tanegashima pouco antes das 11h desta segunda-feira (22).

Segundo a agência, o motor do segundo estágio parou de queimar antes do previsto, o que impossibilitou a inserção orbital do satélite, parte essencial do sistema japonês de posicionamento, conhecido como Quasi-Zenith Satellite System (QZSS). A JAXA abriu uma investigação para determinar a causa da falha.

“O motor do segundo estágio não funcionou conforme planejado, e o satélite não pôde ser colocado na órbita pretendida. Consideramos o lançamento como uma falha”, declarou um representante da agência durante entrevista.

Esta é a segunda falha registrada no programa H3 desde março de 2023, quando o primeiro lançamento também não obteve sucesso. O foguete, desenvolvido em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries, é considerado o sucessor do confiável H-2A e peça-chave para a autonomia espacial japonesa.

O lançamento desta segunda-feira já havia sido adiado duas vezes: inicialmente previsto para 7 de dezembro (7), foi postergado após a detecção de uma falha em um dos equipamentos do foguete. A nova tentativa, marcada para 17 de dezembro (17), acabou cancelada minutos antes da decolagem devido a um problema em um dispositivo da plataforma de lançamento.

O satélite Michibiki No. 5, que deveria reforçar a precisão de sistemas de navegação para smartphones, veículos e serviços de localização, permanece sem destino definido após a falha.

“A JAXA instalou um comitê especial para investigar o ocorrido e divulgará atualizações assim que houver conclusões sobre a causa da falha”, informou a agência.

A falha representa um revés significativo para o programa espacial japonês, que busca ampliar sua competitividade global e garantir maior independência tecnológica em sistemas de navegação e lançamentos orbitais. A expectativa é de que novas análises definam os próximos passos para a retomada do cronograma do H3.