UE discute apoio à Ucrânia e sanções à Rússia

Bruxelas, Região de Bruxelas-Capital, Bélgica — 24 de outubro de 2025 — Agence France-Presse (AFP) – Líderes da União Europeia estão reunidos em Bruxelas para discutir novas medidas de apoio à Ucrânia e formas de intensificar a pressão sobre a Rússia. A cúpula ocorre em meio à escalada de tensões provocadas por incursões de drones russos em território europeu e à recente imposição de sanções pelos Estados Unidos contra empresas petrolíferas russas.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky participa do encontro e, antes da abertura oficial, declarou que as sanções americanas são um sinal importante para que outros países adotem medidas semelhantes. A expectativa é que os líderes europeus aprovem um empréstimo sem juros à Ucrânia, utilizando ativos congelados do banco central russo, estimados em 140 bilhões de euros.

“Precisamos de ações concretas para proteger a Europa e apoiar a Ucrânia em sua luta pela liberdade”, afirmou Zelensky.

Além do apoio financeiro, a cúpula deve abordar a segurança coletiva da UE diante das recentes violações aéreas. A proposta inclui reforço da defesa territorial e coordenação entre os Estados-membros para enfrentar ameaças híbridas.

Na véspera do encontro, a União Europeia aprovou o 19º pacote de sanções contra Moscou, incluindo a proibição da importação de gás natural liquefeito russo até o final de 2026. A medida visa reduzir a dependência energética e enfraquecer a capacidade econômica da Rússia.

“Estamos unidos em defesa da paz, da soberania e dos valores democráticos que nos definem como Europa”, declarou um representante do Conselho Europeu.

A ausência de um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, inicialmente previsto para ocorrer na Hungria, reforça o clima de tensão diplomática. A UE busca manter uma frente coesa e estratégica diante do prolongamento do conflito.

A cúpula segue até o dia (25), com expectativa de anúncios formais sobre o pacote de ajuda à Ucrânia e novas diretrizes para a segurança europeia.