Presidente do Equador escapa de ataque durante protesto

Cañar, Província de Cañar, Equador — 9 de outubro de 2025 — Agencia EFE – O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de uma emboscada enquanto chegava a um evento oficial na cidade de El Tambo, na província de Cañar. O ataque envolveu cerca de 500 manifestantes que cercaram o veículo presidencial, lançaram pedras e provocaram danos estruturais. O governo classificou o episódio como uma tentativa de assassinato.

Segundo autoridades locais, o carro de Noboa apresentou marcas que inicialmente foram interpretadas como disparos de arma de fogo. Cinco pessoas foram detidas e serão processadas por terrorismo e tentativa de homicídio. O presidente saiu ileso e manteve sua agenda pública.

“Estamos fazendo o que devemos fazer, e eles não podem nos impedir: chegar a todos os cantos do país”, afirmou Noboa em comunicado.

O ataque ocorreu em meio a uma onda de protestos que se intensificou após o anúncio do fim dos subsídios ao diesel, medida que elevou o custo do combustível e gerou forte reação de comunidades indígenas, agricultores e transportadores. A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) denunciou ações violentas por parte das forças de segurança e prisões arbitrárias de seus membros.

O governo equatoriano atribuiu o ataque a grupos radicais e indicou que há investigações em curso sobre possíveis vínculos com organizações internacionais. A hipótese de envolvimento de setores ligados ao Foro de São Paulo está sendo considerada pelas autoridades, embora ainda não haja confirmação oficial.

“O ataque à comitiva presidencial colocou civis em risco e tentou impedir a execução de projetos públicos”, declarou a ministra de Energia, María Manzano.

O Equador vive um momento de tensão política e social, com o governo buscando equilibrar reformas econômicas e demandas populares. Noboa, reeleito em 2025, tem adotado medidas liberais e endurecido o combate ao narcotráfico, o que tem gerado apoio em setores urbanos e críticas em áreas rurais.

A segurança presidencial foi reforçada, e novas medidas estão sendo avaliadas para garantir a estabilidade institucional. O Ministério Público já recebeu denúncia formal e conduz as investigações sobre os responsáveis pelo ataque.