Líderes da APEC se reúnem na Coreia do Sul

Gyeongju, Província de Gyeongsang do Norte, Coreia do Sul — 31 de outubro de 2025 — Yonhap News – A cidade histórica de Gyeongju recebe, a partir do dia (31), a reunião anual do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), reunindo líderes das 21 economias-membro em um momento marcado por tensões comerciais e desafios globais. A ausência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que realizou encontros bilaterais com o presidente chinês Xi Jinping no dia (30) em Busan, lança dúvidas sobre o rumo das negociações multilaterais.

A cúpula de dois dias tem como foco principal a cooperação em comércio e investimentos, além de temas emergentes como inteligência artificial, envelhecimento populacional e queda nas taxas de natalidade. A expectativa gira em torno da capacidade dos líderes de alcançar consenso sobre a manutenção do livre comércio, em meio às políticas protecionistas adotadas por Washington.

“A ausência dos Estados Unidos pode abrir espaço para novas alianças e redefinir o equilíbrio regional”, avaliam analistas.

Entre os participantes confirmados estão a primeira-ministra do Japão, Takaichi Sanae, o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente anfitrião da Coreia do Sul, Lee Jae-myung. A liderança sul-coreana busca posicionar o país como mediador estratégico em um cenário de crescente polarização comercial.

Xi Jinping, por sua vez, deve aproveitar a ausência de Trump para reforçar o papel da China como defensora do livre comércio e ampliar sua influência entre os países membros. A movimentação diplomática chinesa inclui propostas de cooperação tecnológica e investimentos em infraestrutura regional.

“O momento exige diálogo e pragmatismo. A APEC pode ser a chave para uma nova fase de integração asiática”, declarou um diplomata sul-coreano.

A reunião em Gyeongju ocorre em meio a um cenário global de incertezas econômicas, com os países asiáticos buscando alternativas para manter o crescimento sustentável e a estabilidade regional. A expectativa é que os desdobramentos da cúpula influenciem diretamente os rumos da política comercial internacional nos próximos meses.