Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos — 19 de setembro de 2025 Associated Press (AP) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no dia (18) que o movimento antifascista Antifa será oficialmente classificado como uma organização terrorista. A declaração foi feita por meio da rede social Truth Social, em resposta ao assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, ocorrido no dia (10 de setembro) durante um evento universitário em Utah.
Trump classificou o Antifa como “um desastre doentio e perigoso da esquerda radical” e afirmou que recomendará investigações rigorosas contra os supostos financiadores do movimento. A medida, segundo ele, visa proteger os cidadãos americanos e combater o que chamou de “terrorismo interno de esquerda”.
“Tenho o prazer de informar aos nossos patriotas que estou designando a Antifa como uma organização terrorista,” escreveu Trump.
O anúncio ocorre em meio a um clima de tensão política, após a morte de Kirk, fundador da organização conservadora Turning Point USA. O suspeito, Tyler Robinson, de 22 anos, teria se radicalizado recentemente e manifestado aversão às ideias ultraconservadoras do ativista.
Apesar da declaração presidencial, especialistas apontam que a legislação americana não prevê mecanismos específicos para classificar movimentos internos como organizações terroristas. O Antifa é descrito como uma rede descentralizada de ativistas antifascistas, sem liderança formal ou estrutura definida, o que dificulta a aplicação prática da medida.
A decisão reacende o debate sobre os limites legais e constitucionais da repressão a grupos políticos. Juristas e defensores dos direitos civis alertam para possíveis conflitos com a Primeira Emenda, que protege a liberdade de expressão e associação nos Estados Unidos.
“Essa designação pode abrir precedentes perigosos para criminalizar movimentos sociais e silenciar dissidências,” comentou um analista jurídico.
O governo Trump já havia sinalizado medidas semelhantes durante seu primeiro mandato, especialmente após os protestos antirracistas de 2020. Agora, com o novo episódio envolvendo Kirk, o presidente retoma a pauta como bandeira política, reforçando sua base conservadora em meio à corrida eleitoral.
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