Doha, Província de Doha, Qatar — 11 de setembro de 2025 Al Jazeera – O governo do Qatar condenou com veemência o ataque aéreo israelense que atingiu a capital Doha no dia (9), matando cinco membros da comitiva do Hamas, mas reafirmou que continuará atuando como mediador nas negociações por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A ofensiva ocorreu durante uma reunião entre representantes do grupo palestino e autoridades catarianas para discutir uma proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos.
Segundo o primeiro-ministro Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, Israel agiu de forma deliberada para sabotar os esforços diplomáticos, mesmo ciente de que as discussões finais estavam em andamento. O ataque, que teve como alvo lideranças do Hamas hospedadas em um complexo residencial, foi classificado como uma “violação flagrante das leis internacionais” e um “ato covarde”.
“Apesar da gravidade do ataque, o Qatar continuará fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para interromper os combates na Faixa de Gaza,” declarou o primeiro-ministro.
A delegação principal do Hamas sobreviveu à ofensiva, segundo comunicado oficial do grupo, mas cinco integrantes da equipe de apoio foram mortos, incluindo o filho de Khalil al-Hayya, principal negociador do Hamas, além de três guarda-costas e um chefe de gabinete. O grupo acusou Israel de não ter interesse em alcançar qualquer acordo e afirmou que o ataque foi uma tentativa clara de desestabilizar o processo de paz.
O ataque gerou forte repercussão internacional. A União Europeia, França, Reino Unido e Turquia condenaram a ação, enquanto os Estados Unidos afirmaram ter sido informados previamente, mas não autorizaram formalmente a ofensiva. Israel, por sua vez, declarou que a operação foi “totalmente justificada” e visava líderes envolvidos em ataques anteriores contra civis israelenses.
“O ataque mostra que Israel não tem interesse em alcançar qualquer tipo de acordo,” afirmou o Hamas em nota oficial.
Apesar da tensão, o Qatar não interrompeu oficialmente sua atuação como mediador. Autoridades locais informaram que uma revisão do processo de negociação será conduzida nos próximos dias, com apoio de parceiros regionais e internacionais. A continuidade do papel catariano é vista como essencial para evitar uma escalada ainda maior do conflito no Oriente Médio.
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