Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 3 de setembro de 2025 — Kyodo News – A decisão da Mitsubishi Corporation de abandonar um dos maiores projetos de energia eólica offshore do Japão gerou preocupação entre pescadores das regiões costeiras de Akita e Chiba. O consórcio liderado pela empresa previa a instalação de turbinas em três áreas estratégicas, com potencial para transformar a matriz energética nacional e oferecer novas oportunidades econômicas às comunidades pesqueiras.
O presidente da Federação Nacional das Cooperativas de Pescadores, Sakamoto Masanobu, entregou no dia (1) um pedido formal ao ministro da Indústria, Muto Yoji, solicitando que o governo mantenha o projeto ativo e abra nova licitação.
“Queremos que o governo tome medidas adequadas para que os pescadores não fiquem desmotivados por dúvidas e incertezas”, declarou Sakamoto.
A Mitsubishi justificou sua saída alegando aumento excessivo nos custos de produção, agravados por fatores como inflação global, instabilidade cambial e fragilidade nas cadeias de suprimento. A empresa venceu a licitação em 2021, mas afirmou que os gastos dobraram desde então, tornando o projeto financeiramente inviável.
Para os pescadores locais, a geração de energia eólica representava uma alternativa sustentável diante da queda nas capturas provocada pelas mudanças climáticas. A expectativa era de que o projeto trouxesse empregos, infraestrutura e compensações ambientais às comunidades costeiras.
“A energia renovável pode coexistir com a pesca e garantir o futuro das nossas famílias”, afirmou um representante da cooperativa de Akita.
Com a saída da Mitsubishi, analistas apontam que o governo japonês terá de reiniciar o processo licitatório, o que pode atrasar os planos de expansão da energia eólica offshore e comprometer metas de descarbonização até 2030
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