Oracle assume controle do TikTok nos EUA com investidores locais

Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos — 18 de setembro de 2025 Associated Press (AP) – Um consórcio de investidores norte-americanos liderado pela gigante de tecnologia Oracle está prestes a assumir o controle das operações do TikTok nos Estados Unidos. O acordo, que ainda aguarda formalização, prevê que cerca de 80% da nova entidade responsável pelo aplicativo seja composta por acionistas americanos, enquanto os investidores chineses manterão os 20% restantes.

A medida atende à legislação aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em 2024, que limita a participação chinesa em ativos digitais considerados sensíveis. O novo arranjo surge após meses de negociações entre autoridades comerciais dos dois países, encerradas no dia (16) em Madri, e será tema de uma ligação entre o presidente Donald Trump e o presidente Xi Jinping no dia (19).

“O TikTok é mais do que um aplicativo — é uma plataforma cultural. Este acordo garante que os dados dos americanos fiquem sob controle dos EUA,” afirmou um representante do Tesouro.

A nova estrutura empresarial contará com um conselho de administração majoritariamente americano, incluindo um membro indicado pelo governo dos Estados Unidos. A Oracle será responsável pela gestão dos dados dos usuários em suas instalações no Texas, reforçando o compromisso com a segurança digital.

Além disso, os usuários americanos deverão migrar para uma nova versão do aplicativo, já em fase de testes, com algoritmos de recomendação redesenhados e infraestrutura separada da versão global. A mudança visa garantir maior transparência e conformidade com as exigências regulatórias locais.

“O envolvimento da Oracle marca uma virada estratégica, colocando a empresa no centro da mídia social global,” comentou um analista do setor.

O presidente Trump assinou uma nova ordem executiva prorrogando o prazo para a alienação da participação chinesa até o dia 16 de dezembro. Esta é a quarta extensão desde que o processo foi iniciado, refletindo a complexidade das negociações e o impacto econômico da plataforma, que conta com mais de 80 milhões de usuários ativos diários nos Estados Unidos.

O acordo é visto como um teste decisivo para a confiança tecnológica entre Washington e Pequim, e poderá redefinir os padrões de governança digital em plataformas globais.