OMS encerra emergência global por surto de mpox na África

Genebra, Cantão de Genebra, Suíça — 8 de setembro de 2025 Xinhua – A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou no dia (6) o fim da emergência sanitária internacional relacionada aos surtos de mpox na África. A decisão foi comunicada pelo diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus durante coletiva de imprensa, após avaliação técnica que apontou queda sustentada no número de casos e mortes.

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que provoca febre, lesões cutâneas e dores musculares. O alerta global havia sido declarado em agosto de 2024, diante da rápida disseminação da doença em países da África Central, especialmente na República Democrática do Congo.

“A maioria dos países afetados desenvolveu capacidade de resposta sustentável. Mas isso não significa que a ameaça tenha terminado,” afirmou Tedros.

Desde o início da emergência, cerca de 1 milhão de doses de vacinas foram administradas nas áreas mais atingidas. O Japão contribuiu com o envio de 50 mil doses para a República Democrática do Congo, onde o surto teve maior impacto. A colaboração internacional foi considerada essencial para conter a propagação do vírus.

Apesar da melhora, a OMS alertou para o risco de novos surtos e pediu que os países mantenham vigilância ativa e apoio financeiro. A organização enfrenta dificuldades orçamentárias desde que os Estados Unidos anunciaram a suspensão de seu financiamento e a intenção de se retirar do órgão.

“As capacidades de resposta estão sob pressão devido à limitação de recursos. Precisamos de apoio contínuo dos Estados-membros,” reforçou Tedros.

A mpox foi identificada pela primeira vez em 1970 e permaneceu restrita a cerca de dez países africanos até 2022, quando começou a se espalhar globalmente. O atual surto afetou mais de 77 mil pessoas em 22 países, com mais de 500 mortes registradas.

Com o fim da emergência, a OMS pretende focar em estratégias de longo prazo para prevenção e controle da doença, especialmente em regiões vulneráveis. A recomendação é que os sistemas de saúde mantenham protocolos de vigilância e estejam preparados para responder rapidamente a qualquer novo foco.