Motegi anuncia candidatura à liderança do PLD no Japão

Tóquio, Província de Tóquio, Japão — 9 de setembro de 2025 Kyodo News – O ex-secretário-geral do Partido Liberal Democrata (PLD), Toshimitsu Motegi, anunciou no dia (8) sua candidatura à presidência do partido, um dia após o primeiro-ministro Shigeru Ishiba declarar sua renúncia. A decisão de Motegi marca o início da corrida pela liderança da legenda, que enfrenta uma das maiores crises desde sua fundação.

Motegi, que também foi ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmou que deseja colocar sua experiência a serviço do país e que pretende “fazer o Japão avançar, resolvendo os problemas difíceis a nível nacional e internacional”. Ele foi o primeiro a oficializar a candidatura e já obteve o apoio necessário de 20 parlamentares para participar da eleição interna.

“O partido precisa se unir e se renovar. É hora de construir um novo PLD para enfrentar os desafios do Japão,” declarou Motegi.

A renúncia de Ishiba ocorre após derrotas consecutivas do PLD nas eleições para as duas câmaras do Parlamento. O ex-premiê afirmou que a conclusão das negociações tarifárias com os Estados Unidos foi o momento adequado para “passar o bastão” e evitar divisões internas.

A direção do PLD deve definir nos próximos dias o formato da eleição, com propostas para incluir não apenas parlamentares, mas também membros da base partidária. O secretário-geral Hiroshi Moriyama defendeu maior participação popular e debates amplos sobre os rumos do partido.

Outros nomes cotados para disputar a liderança incluem a ex-ministra da Segurança Econômica, Sanae Takaichi, o ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi, e o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi. O ex-ministro Takayuki Kobayashi também sinalizou interesse, destacando a necessidade de união entre veteranos e jovens.

“O novo líder terá de lidar com inflação, envelhecimento populacional e pressão internacional. É uma missão complexa,” afirmou Motegi.

A eleição interna do PLD deve ocorrer até o início de outubro. O vencedor será indicado ao Parlamento para assumir o cargo de primeiro-ministro, embora o partido não detenha atualmente maioria em nenhuma das casas legislativas. O processo promete ser decisivo para o futuro político do Japão.