Tokyo, Japão — 2 de setembro de 2025 — NHK – O governo japonês colocou em vigor uma nova legislação que flexibiliza as regras para o abate de animais selvagens, incluindo ursos, em áreas urbanas. A medida foi adotada em resposta ao aumento expressivo de ataques desses animais à população, especialmente em regiões onde o contato humano tem se tornado mais frequente.
A lei revisada de proteção à vida selvagem e gestão da caça permite que governos locais solicitem a ação de caçadores licenciados em situações de urgência, quando não houver possibilidade de captura rápida e o risco à vida humana for elevado.
“O disparo só será autorizado após medidas de segurança, como evacuação ou bloqueio de vias, e quando não houver risco de atingir pessoas”, informou um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente.
Antes da mudança, o uso de armas de fogo em áreas povoadas era restrito a ordens policiais em casos extremos. Agora, os municípios têm autonomia para agir diante de ameaças iminentes, desde que o animal tenha invadido o espaço urbano ou represente alto risco de fazê-lo.
A decisão surge após uma série de incidentes envolvendo ursos em cidades japonesas. Só no último ano, mais de 200 pessoas foram atacadas, com registros de mortes em províncias como Iwate e Akita. A escassez de alimentos naturais e o envelhecimento da população rural têm contribuído para que os animais se aproximem cada vez mais de zonas habitadas.
“Estamos diante de uma nova realidade ecológica, e precisamos garantir a segurança das pessoas sem negligenciar a conservação da fauna”, declarou um especialista em manejo ambiental.
A nova legislação também prevê que os caçadores recebam treinamento específico para atuar em áreas urbanas, com protocolos rigorosos para evitar acidentes. O governo espera que a medida reduza os riscos à população e permita uma resposta mais ágil diante de situações críticas envolvendo animais selvagens.
Com a chegada do outono, período em que os ursos intensificam a busca por alimento antes da hibernação, autoridades locais já se preparam para aplicar as novas diretrizes em regiões mais vulneráveis.
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