Ishiba defenderá reforma no Conselho da ONU em Nova York

Nova York, Estado de Nova York, Estados Unidos — 24 de setembro de 2025 — Kyodo News – O primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, embarcou no dia (23) rumo a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde pretende apresentar uma proposta de reforma do Conselho de Segurança. A iniciativa visa ampliar o número de assentos e tornar o órgão mais representativo e funcional diante dos desafios globais.

Em seu discurso no Debate Geral, Ishiba deve afirmar que o Conselho se tornou disfuncional e que a ampliação é essencial para garantir decisões mais equilibradas e eficazes. A proposta japonesa busca fortalecer a governança multilateral e incluir mais vozes na tomada de decisões internacionais.

Além da reforma, Ishiba planeja condenar a ofensiva terrestre de Israel em Gaza e sinalizar que o reconhecimento do Estado da Palestina pelo Japão não é uma questão de “se”, mas de “quando”. A declaração poderá vir acompanhada de um alerta sobre possíveis ações israelenses que dificultem a solução de dois Estados.

“O Japão acredita que a paz duradoura só será possível com tolerância, diálogo e representatividade global”, deve afirmar Ishiba.

O premiê também destacará a importância das relações do Japão com outras nações asiáticas, ressaltando que o espírito de cooperação regional tem permitido ao país contribuir para a estabilidade mundial. A mensagem central será de união e respeito mútuo, com ênfase em “solidariedade sobre divisão, tolerância sobre conflito”.

Mesmo após anunciar sua intenção de deixar o cargo, Ishiba demonstra empenho em manter a diplomacia ativa e garantir uma transição tranquila. A participação na Assembleia Geral reforça o papel do Japão como defensor da paz e da reforma institucional no cenário internacional.

“A reforma do Conselho é urgente. Precisamos de um sistema que reflita o mundo atual e não o do pós-guerra”, deve enfatizar o premiê.

A expectativa é de que o discurso de Ishiba gere repercussão entre os membros da ONU e contribua para o avanço das discussões sobre mudanças estruturais no Conselho de Segurança.