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Ex-presidente francês Sarkozy é condenado a cinco anos por conspiração criminal

Ex-presidente francês é sentenciado por envolvimento em esquema de financiamento ilegal ligado ao regime líbio

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Paris, Île-de-France, França — 27 de setembro de 2025 — Agence France-Presse (AFP) – O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi condenado a cinco anos de prisão por conspiração criminal, tornando-se o primeiro ex-chefe de Estado da França moderna a receber pena de reclusão. A sentença foi proferida pelo tribunal de Paris no dia (25), após julgamento que envolveu acusações de financiamento ilegal de campanha presidencial em 2007.

Sarkozy foi considerado culpado por ter tolerado que seus aliados buscassem apoio financeiro junto ao regime do então líder líbio Muammar al-Qadhafi. A corte concluiu que houve tentativa deliberada de obtenção de recursos ilícitos, embora tenha absolvido o ex-presidente de outras acusações por falta de provas suficientes.

“Não vou pedir desculpas por algo que não fiz. Naturalmente, vou recorrer”, declarou Sarkozy após o veredito.

A decisão judicial prevê que Sarkozy cumpra pena mesmo que recorra, o que pode levá-lo à prisão nas próximas semanas. A condenação marca um novo capítulo na trajetória política do ex-presidente, que já havia sido sentenciado no ano passado por outro caso de corrupção, sendo obrigado a usar tornozeleira eletrônica e permanecer em prisão domiciliar.

O caso atual gira em torno de suspeitas de que o governo líbio teria financiado parte da campanha presidencial de Sarkozy em 2007, quando ele venceu as eleições. A investigação apontou movimentações suspeitas e contatos entre assessores do então candidato e representantes do regime de Qadhafi.

“Esta condenação é um sinal claro de que ninguém está acima da lei, independentemente do cargo que ocupou”, afirmou um representante da corte.

A expectativa é que o recurso seja analisado nos próximos meses, enquanto o caso continua a repercutir na política francesa e internacional. A sentença reacende debates sobre ética pública, transparência eleitoral e os limites da influência estrangeira em processos democráticos.

SourceNHK

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