Kyiv, Oblast de Kyiv, Ucrânia — 17 de agosto de 2025 — Ukrinform – Autoridades ucranianas informaram que suas forças ampliaram as operações de ataque em profundidade e atingiram um navio russo utilizado no transporte de munição e componentes de drones provenientes do Irã, no porto de Olya, região de Astrakhan, sul da Rússia. A ofensiva integra uma estratégia para interromper linhas de suprimento consideradas essenciais ao esforço de guerra de Moscou.
O alvo foi identificado por fontes de defesa como o cargueiro Port Olya 4, que teria atuado na rota logística de equipamentos militares. O ataque, conduzido na quinta-feira (14), ocorreu um dia antes de uma investida separada contra a refinaria de Syzran, no oblast de Samara, na sexta-feira (15), provocando incêndios e explosões nas instalações energéticas.
“Esta é uma guerra que também se vence cortando a logística do inimigo. Nossas ações miram infraestrutura militar e de apoio à campanha russa.”
Segundo interlocutores ligados às operações, a escolha de alvos em território russo segue critérios que priorizam depósitos de combustível, centros industriais vinculados ao complexo militar e corredores que abastecem unidades no front. A avaliação em Kyiv é que a pressão sustentada sobre essas cadeias de fornecimento pode diminuir a capacidade de Moscou de manter o ritmo de operações ofensivas.
A intensificação de ataques em solo russo tem sido viabilizada pelo emprego de drones e mísseis de fabricação doméstica, além de capacidades de inteligência e guerra eletrônica. Entre meados de julho e a primeira quinzena de agosto, foram registradas múltiplas incursões contra infraestrutura energética e alvos militares além da linha de frente.
Em Astrakhan, equipes de emergência foram acionadas após relatos de explosões na área portuária. No caso de Syzran, imagens de satélite e vídeos feitos por moradores mostraram colunas de fumaça elevadas. Até o momento, não há confirmação oficial sobre vítimas relacionadas ao ataque ao navio em Olya.
“Cada golpe nessa rede logística reduz o potencial de ataque aéreo e terrestre que ameaça cidades ucranianas.”
Especialistas em segurança avaliam que a combinação de ataques a ativos energéticos e vetores de transporte busca encarecer a guerra para a Rússia, impondo custos econômicos e operacionais. Ao mesmo tempo, reconhecem que Moscou deve tentar adaptar rotas e ampliar a proteção de instalações críticas, estendendo o efeito de “guerra de desgaste”.
No plano diplomático, os episódios ocorrem enquanto discussões internacionais sobre um eventual cessar-fogo permanecem travadas. Kyiv sustenta que qualquer negociação deve incluir garantias de segurança robustas, retirada de tropas e mecanismos verificáveis para impedir rearmamento acelerado.
Até a publicação desta matéria, autoridades russas não haviam apresentado um balanço detalhado dos danos em Olya. A expectativa é de que as investigações locais foquem na natureza do ataque, no tipo de material transportado e em possíveis ajustes nos protocolos de segurança portuária e industrial.
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