Negociações de Trump e Putin no Alasca: nenhum acordo sobre Ucrânia

Anchorage, Alasca, Estados Unidos, 16 de agosto de 2025, Associated Press – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, se reuniram em Anchorage (15), no estado do Alasca, para uma cúpula inédita na Joint Base Elmendorf-Richardson. Pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia em 2022, Putin foi recebido em solo norte-americano para conversas que buscaram soluções para encerrar o conflito — mas sem resultado concreto em relação a um cessar-fogo ou acordo territorial.

A reunião começou pouco antes do meio-dia e se estendeu por mais de duas horas, com delegações dos dois países presentes. Trump esteve acompanhado do secretário de Estado Marco Rubio e do enviado especial Steve Witkoff, enquanto Putin contou com o ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov e o assessor Yury Ushakov. O encontro ocorreu em clima oficial, com a chegada dos líderes marcada por cumprimento caloroso e desfiles de aviões militares americanos, simbolizando a solenidade do momento.

“Quero ver um cessar-fogo rapidamente… Não ficarei satisfeito se não for hoje. Quero o fim das mortes”, declarou Trump antes do início das negociações.

Durante a coletiva de imprensa após a cúpula, nenhum dos líderes respondeu perguntas dos jornalistas. Trump afirmou que as conversas foram respeitosas e construtivas, mas reiterou que a decisão sobre possíveis concessões territoriais cabe à Ucrânia. Putin também reconheceu a necessidade de garantir a segurança ucraniana, enquanto o presidente Volodymyr Zelenskyy, ausente do encontro, manifestou apreensão quanto a negociações que envolvem a soberania do país.

Protestos ocorreram em Anchorage, com grupos demonstrando apoio à Ucrânia e críticas à presença do líder russo. A escolha do Alasca como palco do encontro foi considerada estratégica pela proximidade entre Washington e Moscou, além de garantir segurança excepcional na base de forte tradição militar.

O encontro representa um marco diplomático, mas deixa em aberto os próximos passos para a busca da paz e possíveis conversações trilaterais envolvendo a Ucrânia e Europa, tema que segue mobilizando líderes globais e opinão pública.