Mihama, Província de Fukui, Japão – 23 de julho de 2025, NHK World-Japan. – A Kansai Electric Power Company anunciou que irá retomar os levantamentos técnicos e geológicos para avaliar a viabilidade da construção de um novo reator nuclear de próxima geração na usina de Mihama, localizada na costa do Mar do Japão, em Fukui.
Se concretizado, será o primeiro novo reator nuclear construído no Japão desde o desastre de Fukushima Daiichi em 2011, marcando um ponto de inflexão na política energética nacional.
“Buscaremos o entendimento das comunidades locais e seguiremos promovendo o negócio de geração de energia nuclear”, declarou o presidente da empresa, **Mori Nozomu**.
A Kansai Electric já havia iniciado estudos semelhantes em 2010, com o objetivo de substituir um reator antigo da instalação. No entanto, os trabalhos foram interrompidos após o acidente de Fukushima no ano seguinte. Em 2015, dois reatores do complexo foram desativados.
A retomada dos levantamentos acontece no contexto de uma nova diretriz energética aprovada pelo governo japonês neste ano, que prevê o uso máximo da energia nuclear em conjunto com fontes renováveis. A medida sinaliza um recuo gradual na política de redução da dependência nuclear, adotada após 2011.
A companhia esclareceu que os estudos geológicos são apenas a primeira etapa e que a decisão sobre a construção não será tomada exclusivamente com base nesses resultados.
“O momento é de cautela, mas também de compromisso com a estabilidade energética e segurança”, pontuou um representante técnico da empresa.
O anúncio deve reacender os debates entre autoridades locais, especialistas em energia, ambientalistas e a população, especialmente nas regiões vizinhas à usina, que tradicionalmente demonstram resistência a novos projetos nucleares após os traumas de Fukushima.
Ainda assim, a Kansai Electric reforça que a transparência com as comunidades e o cumprimento rigoroso de normas de segurança serão prioridades centrais ao longo do processo.
A decisão final sobre a construção de um novo reator deve ser analisada em etapas futuras, considerando aspectos técnicos, regulatórios, ambientais e sociais, além de possíveis mudanças na política energética do país.
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