Interpol retira Paul Watson de lista de procurados

Lyon, Auvergne-Rhône-Alpes, França – 24 de julho de 2025, Japan Broadcasting Corporation. – A Interpol anunciou a retirada do ativista ambiental Paul Watson da sua lista global de procurados. O ex-líder da organização Sea Shepherd era alvo de um pedido do governo japonês, que o acusava de dar ordens para obstruir uma embarcação de pesquisa baleeira do Japão.

Watson foi detido na Groenlândia, território autônomo da Dinamarca, em julho do ano passado. No entanto, as autoridades dinamarquesas se recusaram a extraditá-lo para o Japão e decidiram por sua liberação.

A suspensão do mandado de prisão internacional foi oficializada pela Interpol em abril, mas a decisão só foi anunciada publicamente nesta semana. A entidade informou que sua decisão se baseia em novos fatos, incluindo a recusa da Dinamarca em atender à solicitação de extradição japonesa.

“A decisão da Interpol não é um julgamento sobre o mérito das acusações”, afirmou o comunicado divulgado pela organização policial internacional.

O advogado de Paul Watson destacou que o pedido do Japão não atendia aos critérios da Interpol para inclusão em sua lista de alerta vermelho. Ele sugeriu ainda que possíveis motivações políticas, além da recusa de vários países em agir com base no pedido japonês, contribuíram para o arquivamento da solicitação.

Atualmente, Watson reside na França com sua família, onde continua a se dedicar às campanhas contra a caça às baleias e a outras causas ambientais.

“Continuarei defendendo os oceanos com todas as forças que tenho”, declarou Watson em uma rede social, após a divulgação da decisão.

A controvérsia envolvendo o nome de Watson reacende debates sobre a legitimidade da caça científica praticada pelo Japão e sobre os limites da cooperação internacional em casos com possível viés político.