Bangkok, Província Central, Tailândia – 25 de julho de 2025, Kyodo News – A tensão entre Tailândia e Camboja voltou a explodir em violência ao longo da disputada fronteira entre os dois países, resultando na morte de pelo menos 11 pessoas do lado tailandês, incluindo um civil, e dezenas de feridos. O confronto mais recente ocorreu no início da manhã do dia (24), com novos embates se alastrando para outras regiões ao longo do limite territorial.
A origem do conflito remonta a disputas históricas por territórios próximos ao templo de Preah Vihear, um ponto estratégico e simbólico localizado na fronteira. Embora o Tribunal Internacional de Justiça tenha decidido em favor do Camboja em 1962, a Tailândia nunca aceitou completamente a decisão, alimentando ressentimentos duradouros. A instabilidade aumentou com confrontos esporádicos desde o início dos anos 2000, mas ganhou nova intensidade após disputas políticas internas dos dois lados da fronteira e reforço militar na região.
Na manhã do dia (24), forças armadas tailandesas relataram a ocorrência de bombardeios contra uma loja de conveniência na região nordeste do país, resultando na morte de seis pessoas. Em resposta, caças tailandeses lançaram ataques aéreos contra uma base militar cambojana. Ainda não há confirmação oficial sobre os danos do lado cambojano.
“O primeiro passo precisa ser o silêncio das armas”, afirmou um oficial tailandês de segurança, que pediu para não ser identificado. “Mas a resposta cambojana foi desproporcional e deliberada.”
A crise atingiu também o campo diplomático. O governo tailandês expulsou o embaixador cambojano na quarta-feira (23), provocando retaliação imediata de Phnom Penh, que anunciou o rebaixamento das relações diplomáticas com Banguecoque no dia (24).
A comunidade internacional observa com apreensão. Em Beijing, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, expressou “profunda preocupação” com os confrontos e apelou ao diálogo.
“Esperamos sinceramente que ambos os lados abordem suas divergências com moderação e diálogo. A China manterá uma postura justa e incentivará a paz na região”, declarou Guo.
A escalada da violência representa não apenas uma ameaça à estabilidade do sudeste asiático, mas também um teste à diplomacia regional. Observadores internacionais alertam que o prolongamento da crise pode abrir espaço para ingerência externa e agravar ainda mais as tensões no entorno do Mar do Sul da China.
A expectativa agora gira em torno de possíveis negociações bilaterais ou uma mediação proposta por países vizinhos, como o Vietnã e a Indonésia. Enquanto isso, moradores das áreas de fronteira vivem sob alerta máximo, temendo que a situação evolua para um conflito de maiores proporções.
- Japão registra 17 casos de abuso de fentanil em 25 anos - 26 de julho de 2025 5:19 am
- Suprema Corte das Filipinas anula impeachment de Sara Duterte - 26 de julho de 2025 4:28 am
- Governadora de Tokyo propõe realocar algumas funções da ONU para a capital japonesa - 26 de julho de 2025 3:45 am