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Tarifas dos EUA afetam produção industrial da China

Produção industrial desacelera em maio e mercado imobiliário chinês mantém tendência de queda

Pequim, província de Pequim, China — 17 de junho de 2025 — Agência Xinhua – Dados recentes da economia chinesa indicam que a produção industrial do país perdeu força em maio, impactada em parte pelas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A situação reforça preocupações sobre a estabilidade do crescimento chinês em meio às tensões comerciais globais.

O Escritório Nacional de Estatísticas informou que a produção industrial cresceu 5,8% em maio na comparação anual. Embora positivo, o número ficou abaixo dos 6,1% registrados em abril, sinalizando desaceleração.

Além disso, o investimento em desenvolvimento imobiliário registrou queda de 10,7% entre janeiro e maio, aprofundando o declínio observado nos últimos meses. Os preços de imóveis novos recuaram em 53 das 70 maiores cidades do país — um aumento de oito cidades em relação ao mês anterior — evidenciando a fragilidade contínua do setor.

Em contrapartida, o setor varejista apresentou crescimento mais robusto. As vendas no varejo subiram 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado, acelerando em comparação a abril. O avanço foi impulsionado por subsídios do governo para renovação de bens de consumo, como automóveis e eletrodomésticos.

“Os incentivos ao consumo doméstico foram decisivos para elevar as vendas em maio, mesmo diante de um cenário externo desafiador”, afirmou um analista econômico em Pequim.

Apesar da trégua parcial entre Pequim e Washington — com cortes tarifários anunciados em maio e a retomada de negociações —, o receio de novas fricções comerciais ainda paira sobre os mercados.

A política comercial do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ainda gera efeitos significativos nas cadeias produtivas, e analistas alertam que qualquer retrocesso nas conversas pode aprofundar o enfraquecimento da atividade industrial chinesa.

Com o crescimento industrial e o mercado imobiliário dando sinais de fraqueza, o governo chinês poderá ser forçado a ampliar estímulos nos próximos meses para conter os impactos e preservar a recuperação econômica.

SourceNHK

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