Bruxelas, Bélgica, 6 de junho de 2025, NHK – Os ministros da Defesa dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) iniciaram nesta quinta-feira (29) uma rodada final de discussões em Bruxelas para definir um cronograma de aumento nos gastos com defesa, em resposta à crescente pressão dos Estados Unidos.
O presidente americano Donald Trump tem liderado o apelo para que os países aliados ampliem seus orçamentos militares, com uma meta ambiciosa de destinar 5% do Produto Interno Bruto (PIB) à área de defesa.
Segundo ele, o atual cenário internacional exige que a aliança esteja preparada para múltiplas ameaças, o que demanda compromisso real dos aliados europeus e canadenses.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, também se mostrou confiante quanto ao avanço das negociações. Ele defende um modelo escalonado, no qual os países-membros se comprometeriam a investir 3,5% do PIB diretamente em defesa, mais 1,5% em gastos relacionados à segurança, até o ano de 2032.
No entanto, dentro da própria aliança, há vozes que consideram a meta ambiciosa demais para o prazo proposto. Representantes de alguns países alegam que alcançar esse patamar exigiria reformas fiscais e cortes em áreas sociais, o que pode enfrentar resistência política interna.
As discussões devem culminar em uma decisão oficial na cúpula da OTAN, prevista para o final deste mês nos Países Baixos. O encontro será decisivo para determinar se a aliança conseguirá transformar a proposta americana em um compromisso comum.
Com a crescente tensão geopolítica e a intensificação de conflitos regionais, a OTAN busca renovar sua estrutura de segurança e adaptar-se aos desafios do século XXI — ainda que o preço dessa transformação esteja longe de ser consensual.
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