Moody's rebaixa nota de crédito dos EUA

Washington, D.C., Estados Unidos, 17 de maio de 2025 – Associated Press – A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta sexta-feira (16) a decisão de rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos de Aaa, o nível máximo, para Aa1. A mudança representa uma perda simbólica de prestígio para a maior economia do mundo, num momento em que o governo enfrenta crescente pressão fiscal e altos custos com sua dívida.

Segundo a Moody’s, a justificativa para o rebaixamento é o “desequilíbrio persistente” nas contas públicas, causado principalmente pelo déficit fiscal elevado e pelos crescentes pagamentos de juros sobre a dívida americana, que alcançam níveis historicamente altos.

“A deterioração fiscal contínua e a falta de medidas eficazes para conter o aumento da dívida enfraquecem a robustez da posição financeira dos Estados Unidos”, avaliou a agência em comunicado oficial.

Com o novo status de Aa1, os EUA perdem o selo de risco zero que haviam mantido por décadas, mesmo em momentos de instabilidade econômica. Embora ainda seja considerada uma nota de altíssima qualidade, o rebaixamento sinaliza uma preocupação crescente sobre a capacidade do país de gerir sua dívida pública em médio e longo prazos.

O Tesouro dos EUA reagiu prontamente, classificando a decisão como “equivocada”, destacando que o país continua sendo uma das economias mais resilientes e dinâmicas do planeta. No entanto, analistas afirmam que o alerta da Moody’s pode influenciar investidores globais e impactar o custo de financiamento do governo americano.

“O aviso da Moody’s é um chamado urgente para que Washington encontre um caminho sustentável para suas finanças. A inércia fiscal não pode mais ser ignorada”, comentou um economista sênior de uma consultoria financeira.

A mudança da classificação ocorre em um momento de acalorados debates no Congresso sobre os limites da dívida e os gastos públicos. O governo Biden enfrenta obstáculos políticos para aprovar reformas que reduzam o déficit, enquanto os custos da dívida continuam subindo, pressionados por taxas de juros elevadas.

Com essa decisão, a Moody’s se junta a outras agências que já haviam retirado a nota máxima dos Estados Unidos em anos anteriores. A medida pode provocar ajustes em carteiras de investimento e acender novos alertas sobre a trajetória fiscal do país nos próximos anos.