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Executivo é preso por revenda ilegal de ingressos da MLB

Ingressos revendidos por valor 18 vezes maior no Japão geram debate sobre responsabilidade de sites

Tóquio, Província de Tóquio, Japão, 28 de maio de 2025, NHK – A Polícia Metropolitana de Tóquio prendeu o presidente de uma empresa por suspeita de revender ilegalmente ingressos para a série de abertura da temporada da Major League Baseball (MLB), realizada em março no Tokyo Dome. O evento atraiu fãs de Shohei Ohtani e outras estrelas do beisebol, mas também movimentou o mercado paralelo de ingressos.

O executivo é acusado de revender 12 ingressos por cerca de 55 mil dólares, valor quase 18 vezes superior ao preço original, que era de aproximadamente 3 mil dólares. Ao todo, ele teria listado 62 ingressos em um site de revendas.

Entre as vendas realizadas, a polícia destaca dois assentos vendidos por cerca de 28 mil dólares, embora tivessem sido adquiridos por apenas 1.500 dólares. O suspeito teria obtido um lucro total de mais de 150 mil dólares com as revendas ilegais.

O acusado confessou os crimes, alegando que vendia ingressos para jogos de beisebol profissional como forma de obter renda extra.

A prisão reacende o debate sobre a prática do “scalping” — revenda de ingressos por preços abusivos — no Japão, especialmente em eventos esportivos e musicais.

Um torcedor, indignado com a situação, afirmou:

“É muito injusto, porque quem realmente quer assistir ao jogo não consegue comprar ingressos por preços razoáveis.”

Especialistas também apontam para a responsabilidade das plataformas de revenda. O advogado Fukui Kensaku destacou que os operadores desses sites lucram com comissões proporcionais aos valores de venda, o que incentiva os preços inflacionados.

“Eles podem ser responsabilizados por cumplicidade, ou ao menos por uma responsabilidade social. Deveriam realizar verificações rigorosas por iniciativa própria”, declarou Fukui.

Apesar de medidas anteriores para coibir a revenda abusiva de ingressos, as autoridades ainda enfrentam dificuldades para erradicar a prática. O caso atual reforça a necessidade de mecanismos mais eficazes de fiscalização e regulamentação para proteger os consumidores e garantir o acesso justo a eventos culturais e esportivos.

SourceNHK

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