Washington, D.C., Estados Unidos, 22 de maio de 2025 — Associated Press – A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deportou ao menos dois imigrantes — oriundos de Myanmar e do Vietnã — para o Sudão do Sul, um país africano assolado por conflitos armados e instabilidade política. A ação teria sido realizada em desacordo com uma ordem judicial federal, segundo relatos da imprensa norte-americana nesta terça-feira (20).
O episódio acende novos alertas sobre a política migratória aplicada durante o governo Trump, especialmente por envolver o envio de estrangeiros a um “terceiro país perigoso”, sem garantias legais mínimas de segurança ou direito de contestação.
O juiz voltou a se pronunciar na terça-feira (20), ordenando que o governo mantivesse sob custódia os deportados enviados ao Sudão do Sul e advertindo que os funcionários envolvidos podem ser responsabilizados criminalmente por desacato.
O Departamento de Estado norte-americano, inclusive, já havia emitido alertas recomendando que cidadãos dos EUA evitassem qualquer viagem ao Sudão do Sul, onde confrontos armados seguem frequentes e a segurança permanece frágil.
Durante seu governo, Trump utilizou dispositivos como o “Alien Enemies Act”, uma lei da época da guerra que permite ao presidente deportar cidadãos de nações consideradas inimigas sem seguir os trâmites judiciais usuais. Essa estratégia foi empregada também em deportações para El Salvador, país que aceitou acolher migrantes em unidades prisionais.
As recentes denúncias colocam mais uma vez em debate a legalidade e a moralidade das práticas migratórias adotadas durante a gestão Trump, especialmente aquelas que envolvem deportações sem o devido processo legal, para zonas de risco extremo.
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