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Austrália quer retomar controle de porto arrendado à China

Plano do governo australiano para reaver o Porto de Darwin recebe críticas de Pequim e gera tensão diplomática

Darwin, Território do Norte, Austrália, 29 de maio de 2025, Australian Associated Press – O governo australiano anunciou planos para retomar o controle do estratégico Porto de Darwin, atualmente arrendado a uma empresa chinesa, provocando reações negativas do governo chinês e aumentando a tensão diplomática entre os dois países.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, reafirmou no mês passado a promessa de campanha de trazer o porto de volta ao controle nacional. Segundo Albanese, a medida visa proteger os interesses estratégicos do país, já que o Porto de Darwin é o mais próximo da Ásia e está situado próximo a uma base naval australiana utilizada por forças dos Estados Unidos.

O porto foi arrendado por 99 anos a uma empresa chinesa em 2015, decisão que, na época, gerou preocupação em Washington. Recentemente, a mídia australiana revelou que uma empresa ligada ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou interesse em adquirir o local.

O governo chinês criticou abertamente a iniciativa australiana. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou que a empresa chinesa conquistou o arrendamento por meio de processos de mercado e que seus interesses legítimos devem ser plenamente respeitados.

“A empresa obteve o arrendamento de acordo com o mercado, e seus interesses legítimos devem ser totalmente protegidos”, afirmou Mao Ning.

O embaixador da China na Austrália, Xiao Qian, também se manifestou, ressaltando que a empresa chinesa reverteu a situação financeira do porto e contribuiu para o desenvolvimento local. Ele considerou eticamente questionável a tentativa de retomada do controle após o porto se tornar lucrativo.

“O porto passou a ser lucrativo após a administração chinesa, e tentar reverter o arrendamento agora levanta questões éticas”, declarou Xiao Qian.

O caso reacende o debate sobre segurança nacional e influência estrangeira em infraestruturas estratégicas australianas. Autoridades locais argumentam que a proximidade do porto com instalações militares torna essencial o controle nacional, enquanto Pequim vê a medida como uma afronta à cooperação econômica entre os países.

A decisão final do governo australiano deve ser tomada nos próximos meses, enquanto cresce a pressão internacional e o debate interno sobre soberania, segurança e relações comerciais.

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SourceNHK

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