OTAN pede mais cooperação com Japão para enfrentar China e Rússia

Tóquio, Japão, 11 de abril de 2025 (Japan Standard Time), NHK – O Secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, criticou a China por seu apoio à Rússia na invasão da Ucrânia e pediu ao Japão que estreite os laços de defesa com a aliança para enfrentar a ameaça de Pequim e Moscou.

Em entrevista exclusiva à NHK na quarta-feira (10), Rutte afirmou que a China não é neutra no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas sim um dos principais aliados que permite a continuidade da guerra. Ele declarou: “Eles ainda tentam projetar uma posição de neutralidade quando se trata da Ucrânia e da Rússia. Isso é louco, porque não são neutros.”

Rutte destacou que a China está fornecendo à Rússia materiais que podem ser convertidos para uso militar, além de ajudar o país a enfrentar as sanções internacionais. Ele indicou a importância de promover uma cooperação de segurança com o Japão, especialmente no setor de defesa, ressaltando que o Japão possui uma “indústria de defesa enorme e bem-sucedida”. Além disso, destacou que a tecnologia espacial de ponta do Japão seria valiosa no enfrentamento da China.

O Secretário-geral também comentou a postura da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, que busca maior envolvimento da OTAN na região Indo-Pacífico, incluindo o Japão, como uma forma de pressionar a China. Rutte, conhecido por manter uma relação amigável com Trump, afirmou: “Não acho que exista uma fórmula exata. Nós gostamos um do outro. Eu gosto de trabalhar com ele, e acredito que isso seja recíproco.”

Rutte ainda mencionou que sua intenção é colaborar com Trump para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, afirmando: “Todos nós apoiaremos um cessar-fogo duradouro e uma paz sustentável.”

Por fim, ele expressou preocupação com os efeitos das tarifas dos EUA sobre os membros da OTAN, destacando que essas medidas poderiam afetar os orçamentos dos países da aliança, especialmente no momento em que buscam aumentar os gastos com defesa.