Montadoras japonesas mudam produção por tarifas dos EUA

Tóquio, Província de Tóquio, Japão, 18 de abril de 2025, NHK – Montadoras japonesas estão revendo suas estratégias de produção após a imposição de tarifas adicionais de 25% sobre automóveis importados pelos Estados Unidos há duas semanas.

A Nissan Motor decidiu manter a produção dos modelos SUV no estado do Tennessee, nos EUA, revertendo uma decisão anterior de reduzir a produção local. No entanto, a empresa irá cortar em mais de 10 mil unidades a fabricação de alguns modelos destinados ao mercado americano em sua planta na província de Fukuoka, no oeste do Japão, entre maio e julho.

A Nissan também interrompeu o recebimento de pedidos de dois modelos de luxo produzidos no México e exportados aos Estados Unidos, refletindo o impacto direto das novas tarifas.

A Honda Motor anunciou que transferirá parte da produção de seus sedãs híbridos da província de Saitama, ao norte de Tóquio, para o estado de Indiana, nos EUA. A decisão visa manter a competitividade frente ao aumento dos custos com importações.

Apesar das mudanças, os fabricantes enfrentam desafios significativos para ampliar a produção em solo americano. Entre os obstáculos estão o aumento dos custos trabalhistas, a dificuldade de obter peças e a escassez de mão de obra qualificada.

A Mitsubishi Motors, por sua vez, adota uma postura cautelosa. A montadora suspendeu os trâmites aduaneiros nos portos americanos para os veículos exportados do Japão e aguarda a evolução da política tarifária dos Estados Unidos antes de tomar novas decisões.

Já a Toyota Motor planeja manter os níveis de produção e emprego no Japão e informou que, por ora, não irá repassar os custos aos consumidores americanos por meio do aumento de preços. A empresa afirmou que ainda conta com estoques suficientes nos EUA para atender à demanda sem alterações imediatas nos valores finais dos veículos.

As montadoras japonesas seguem monitorando a situação, buscando minimizar os impactos das tarifas enquanto tentam preservar seus mercados e competitividade.