Beijing, Província de Pequim, China, 15 de abril de 2025, Xinhua – O principal responsável da China pelos assuntos de Hong Kong fez um pronunciamento incisivo sobre a possível venda de ativos portuários próximos ao Canal do Panamá por parte de uma empresa sediada em Hong Kong a um consórcio liderado por um fundo de investimento norte-americano.
Durante uma mensagem em vídeo exibida em um evento em Hong Kong, Xia Baolong, diretor do Escritório para Assuntos de Hong Kong e Macau, alertou que “é muito ingênuo acreditar que bajular os Estados Unidos e se ajoelhar diante do país trará benefícios”.
A crítica veio em meio à decisão da CK Hutchison Holdings, controladora da atual operadora do porto na região próxima ao canal, de firmar um acordo preliminar para vender o negócio a um grupo liderado por investidores norte-americanos. Apesar de não ter citado o nome da empresa diretamente, Xia sugeriu que a operadora deveria reconsiderar o plano, indicando que a medida poderia ser vista como uma traição ao interesse nacional.
“Em tempos cruciais, aqueles que traem os interesses da nação e se alinham ao inimigo deixarão um nome manchado na história”, declarou Xia, insinuando que a decisão empresarial poderia ter consequências políticas e históricas severas.
O acordo, inicialmente previsto para ser assinado até o dia 2 de abril, foi adiado após intensas pressões do governo chinês. O episódio ocorre em meio à escalada de tensões comerciais entre Pequim e Washington, e representa mais um capítulo no aumento do controle do governo chinês sobre as empresas de Hong Kong, exigindo delas lealdade política e contribuição direta ao fortalecimento do Estado.
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