Taipei, Taiwan, 14 de março de 2025, sexta-feira (JST) – Reuters – O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, anunciou que seu governo buscará restaurar o sistema de tribunais militares como parte de um esforço para lidar com as ameaças de espionagem e infiltração provenientes da China. A medida visa aumentar a segurança nacional e proteger a democracia taiwanesa contra as atividades de espionagem que têm como alvo as forças armadas do país.
Em uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (13), Lai revelou que 64 pessoas foram acusadas no ano passado de espionagem em favor da China, com 66% dos suspeitos sendo militares ativos ou aposentados. Lai descreveu a China como uma “força hostil estrangeira” e enfatizou a necessidade de Taiwan adotar medidas preventivas mais eficazes para proteger seu modo de vida livre e democrático.
A proposta de reinstaurar o sistema de tribunais militares permitiria que juízes militares tratassem de casos envolvendo crimes militares cometidos por membros ativos das forças armadas, como sedição e vazamento de informações confidenciais. No entanto, a iniciativa exige uma revisão na Lei de Julgamento Militar, algo que pode enfrentar obstáculos, pois a oposição detém a maioria no legislativo de Taiwan.
Além disso, Lai anunciou que cidadãos chineses que solicitarem residência permanente em Taiwan deverão renunciar ao seu registro de domicílio e passaporte, sendo proibidos de manter status de identidade dupla. O presidente também destacou que as autoridades taiwanesas devem fornecer diretrizes claras para artistas que trabalhem na China, esclarecendo como será investigada a conduta que prejudique a dignidade nacional.
O governo de Taiwan segue focado em fortalecer suas defesas e enfrentar as crescentes pressões provenientes da China, que continua a ver Taiwan como parte de seu território.
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