Ottawa, Ontário, Canadá, 4 de fevereiro de 2025 (Agência de Notícias Reuters) – O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que o país responderá às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos canadenses com uma medida equivalente. Em pronunciamento no último sábado (1), Trudeau incentivou os consumidores a priorizarem produtos nacionais como forma de fortalecer a economia local diante da decisão do governo de Donald Trump.
No domingo (2), Trudeau reforçou seu posicionamento nas redes sociais: “Agora é a hora de escolher produtos feitos aqui no Canadá. Verifiquem os rótulos. Vamos fazer a nossa parte. Sempre que possível, escolham o Canadá.”
O governo de Ontário também tomou medidas drásticas. O primeiro-ministro da província, Doug Ford, anunciou que, a partir de terça-feira (4), o único atacadista de bebidas alcoólicas da região removerá produtos norte-americanos de seu catálogo. Ele destacou que restaurantes e varejistas locais não poderão mais encomendar ou reabastecer produtos dos EUA.
David Eby, primeiro-ministro da Colúmbia Britânica, adotou uma abordagem semelhante. No sábado (2), ele ordenou que a Liquor Distribution Branch da província suspendesse imediatamente a compra de bebidas alcoólicas de estados norte-americanos governados por republicanos. Segundo Eby, “os americanos são maiores, mas se não nos defendermos, eles continuarão voltando para tirar mais de nós”.
Donald Trump minimizou a reação canadense, afirmando que os Estados Unidos não precisam dos produtos do Canadá. No domingo (2), ele escreveu nas redes sociais: “Temos energia ilimitada, deveríamos fabricar nossos próprios carros e temos mais madeira do que poderíamos usar.” Em tom provocativo, Trump ainda sugeriu que “o Canadá deveria se tornar nosso querido 51º estado”, alegando que isso traria impostos mais baixos e maior proteção militar.
As tarifas impostas pelos Estados Unidos entram em vigor nesta terça-feira (4), aumentando as preocupações sobre seus impactos na economia global e na inflação norte-americana.
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