Tóquio testa ônibus sob demanda com IA em Shinjuku

Tóquio, Japão, 22 de novembro de 2024, Agência Kyodo News – O bairro de Shinjuku, em Tóquio, deu início a testes de um inovador serviço de ônibus sob demanda controlado por inteligência artificial (IA). O projeto opera sem rotas ou horários fixos, adaptando-se às necessidades dos passageiros em tempo real.

O serviço utiliza um ônibus com capacidade para oito passageiros, cujas rotas são otimizadas pela IA com base nos horários e destinos solicitados pelos usuários. A área de cobertura inclui principalmente as regiões próximas às estações Shimo-Ochiai e Nakai, na linha Seibu Shinjuku.

Uma cerimônia marcou o início dos testes na quinta-feira (21), contando com a presença de representantes da empresa de ônibus responsável pela operação e funcionários do escritório administrativo de Shinjuku.

O sistema conta com 44 pontos de embarque e desembarque estrategicamente distribuídos, incluindo estações de trem, supermercados e hospitais. Os usuários podem reservar suas viagens através de um aplicativo para smartphone ou por telefone, especificando o horário e local desejados para embarque e desembarque.

O serviço está disponível nos dias úteis, das 9h às 17h, até 7 de março de 2025. A tarifa para adultos é de 400 ienes (aproximadamente 13 reais), enquanto crianças, pessoas com deficiência e seus acompanhantes pagam metade do preço. Crianças em idade pré-escolar ou mais novas viajam gratuitamente.

Autoridades locais destacam que a maioria das áreas de Shinjuku possui uma estação de trem ou ponto de ônibus em um raio de 300 metros. No entanto, a região atendida pelo novo serviço apresenta muitas ladeiras e escadarias, o que torna o deslocamento desafiador para certos grupos.

A expectativa é que o serviço se torne uma opção de transporte conveniente, especialmente para idosos e pais com crianças pequenas, melhorando significativamente a mobilidade urbana em áreas de difícil acesso.

Este projeto piloto representa um passo importante na modernização do transporte público de Tóquio, combinando tecnologia de ponta com as necessidades específicas da comunidade local. Se bem-sucedido, o modelo poderá ser expandido para outras áreas da metrópole, contribuindo para uma cidade mais acessível e eficiente em termos de mobilidade.