Toulon, França, 30 de novembro de 2024, Agência AFP — Um grupo de ataque naval francês, liderado pelo porta-aviões nuclear Charles de Gaulle, partiu da base naval de Toulon na quinta-feira (28) para participar de exercícios conjuntos com forças do Japão e dos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico.
A movimentação ocorre em meio ao aumento das atividades marítimas da China na área, gerando preocupações sobre segurança e liberdade de navegação.
O Charles de Gaulle, com mais de 260 metros de comprimento e capacidade para transportar até 40 aeronaves, lidera uma força de aproximadamente 3.000 militares. O grupo também inclui três fragatas de defesa aérea e um submarino nuclear de ataque, que devem atravessar o Oceano Índico antes de alcançar o Pacífico.
Os exercícios envolverão unidades navais estrangeiras, incluindo a Força Marítima de Autodefesa do Japão e a Marinha dos EUA, com atividades planejadas próximas à Indonésia.
O contra-almirante Jacques Mallard, comandante do grupo de ataque, destacou que o uso da força tem se tornado quase natural em muitas partes do mundo, contribuindo para tensões e desequilíbrios. Ele defendeu o diálogo como solução e ressaltou a importância de manter a liberdade de navegação e o status quo no Indo-Pacífico, sem reivindicações territoriais.
Nos últimos meses, nações europeias intensificaram sua presença na região. Navios de países como Reino Unido, Alemanha e Itália fizeram escalas no Japão, evidenciando o interesse crescente da Europa em colaborar para a estabilidade no Indo-Pacífico.
A iniciativa francesa reforça a preocupação internacional com o aumento da influência marítima da China e o impacto disso na segurança global.
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