Um ano do ataque do Hamas: Gaza em crise humanitária.

Tóquio, Japão, 7 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Esta segunda-feira (7) marca um ano desde o ataque surpresa do grupo palestino Hamas contra Israel, que desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza. O ataque, que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, deu início a uma intensa resposta militar israelense que já dura 12 meses.

Desde então, o número de mortos em Gaza ultrapassou 41.000, segundo o grupo terrorista Hamas. A situação humanitária no enclave permanece crítica, com escassez de alimentos, água e deterioração das condições de saúde pública. Estima-se que cerca de 1,9 milhão de pessoas, ou 90% da população de Gaza, tenham sido deslocadas.

As forças israelenses continuam suas operações militares, alegando buscar a destruição do Hamas e a libertação dos 101 reféns ainda em cativeiro. No domingo (6), o exército israelense retomou operações terrestres em Jabalia, no norte de Gaza, com o objetivo declarado de impedir o reagrupamento do Hamas.

As negociações de cessar-fogo permanecem paralisadas devido a divergências entre Israel e Hamas. Pontos de discórdia incluem a permanência de forças israelenses no sul de Gaza, na fronteira com o Egito, e as condições para a libertação de prisioneiros palestinos.

Paralelamente, Israel enfrenta confrontos com o grupo xiita Hezbollah, baseado no Líbano. Moradores de Gaza expressam preocupação com a diminuição da atenção internacional para sua situação, temendo que o foco da mídia esteja se deslocando para o Líbano.

Um ano após o início do conflito, a população de Gaza clama desesperadamente por um cessar-fogo, exausta e levada ao limite pela prolongada crise. A comunidade internacional continua buscando uma solução diplomática para o conflito, mas as perspectivas de paz permanecem incertas no curto prazo.