Moscou, Rússia, 29 de agosto de 2024 – Agência de Notícias TASS – O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou nesta quarta-feira (28) a proibição de entrada no país para 92 cidadãos americanos, incluindo jornalistas e executivos de empresas militares. A medida foi tomada em resposta às sanções impostas pela administração do presidente dos EUA, Joe Biden, contra legisladores e empresários russos.
Entre os jornalistas banidos, estão 14 funcionários do Wall Street Journal, cinco do New York Times e quatro do Washington Post. O ministério russo descreveu esses veículos como “principais publicações liberal-globalistas envolvidas na produção e disseminação de ‘fake news’ sobre a Rússia e as forças armadas russas”.
Um porta-voz do Wall Street Journal reagiu à decisão, afirmando à NHK que a administração do presidente russo Vladimir Putin é “farsicamente consistente em seu ataque total à imprensa livre e à verdade”. O porta-voz acrescentou: “Esta lista ridícula de alvos não é exceção”.
A lista de proibições inclui também executivos de empresas militares americanas, embora seus nomes não tenham sido divulgados. O ministério russo justificou a medida como uma resposta ao que chamou de “instigação de sentimentos anti-russos” por parte do governo Biden.
Esta ação marca uma nova escalada nas tensões diplomáticas entre Rússia e Estados Unidos, que se intensificaram desde o início do conflito na Ucrânia. A proibição de entrada de jornalistas americanos levanta preocupações sobre a liberdade de imprensa e o acesso à informação na região.
Analistas políticos veem essa medida como parte de uma estratégia mais ampla do Kremlin para controlar a narrativa sobre a Rússia na mídia internacional. A decisão também pode impactar a cobertura jornalística dos eventos na Rússia, limitando o acesso de repórteres ocidentais ao país.
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