Daca, Bangladesh, 19 de agosto de 2024 (Agência de Notícias Bangla) – Uma conselheira do governo interino de Bangladesh declarou hoje que o país realizará eleições somente após o estabelecimento de um sistema democrático.
Syeda Rizwana Hasan, advogada e ativista ambiental, afirmou em entrevista à NHK que os manifestantes exigiram “que as reformas fossem feitas antes de ir para as eleições”. Esta declaração vem após intensos protestos estudantis que resultaram na queda da primeira-ministra Sheikh Hasina em 5 de agosto.
O governo interino, liderado pelo laureado com o Nobel da Paz Muhammad Yunus, assumiu em 8 de agosto, três dias após a renúncia forçada de Hasina. Desde então, iniciou medidas contra a corrupção e para garantir a segurança pública, com líderes estudantis participando como conselheiros.
Hasan expressou otimismo quanto ao papel da juventude nas políticas ambientais: “Estou muito esperançosa de que os jovens apresentarão ideias únicas, como tenho visto sua criatividade no uso da tecnologia da informação e em outros campos”.
O novo governo enfrenta desafios significativos. Cerca de 650 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e policiais durante os recentes protestos. Muhammad Yunus, chefe do governo interino, acusou o regime anterior de destruir instituições do país e prometeu reformas vitais antes das eleições.
“Realizaremos uma eleição livre, justa e participativa assim que pudermos concluir nosso mandato de realizar reformas vitais em nossa comissão eleitoral, judiciário, administração civil, forças de segurança e mídia”, declarou Yunus em reunião com diplomatas.
O governo interino de Bangladesh caminha agora sobre a linha tênue entre a necessidade de reformas profundas e a urgência de restaurar a estabilidade política no país.
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