Japão e Camboja: parceria para desminagem na Ucrânia

Phnom Penh, Camboja, 07 de julho de 2024 – Agência de Notícias Khmer – O Japão e o Camboja firmaram um acordo histórico de cooperação para a remoção de minas terrestres na Ucrânia e em outros países afetados por conflitos. A parceria foi anunciada durante a visita da Ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, ao Camboja no sábado (6).

Durante o encontro com o Vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Relações Exteriores do Camboja, Sok Chenda Sophea, Kamikawa destacou a importância da iniciativa bilateral. “As minas terrestres ainda fazem vítimas em todo o mundo. O Japão tem auxiliado os esforços do Camboja na remoção de minas por muitos anos, e agora podemos trabalhar juntos com base nas técnicas e conhecimentos acumulados”, afirmou a ministra japonesa.

O acordo prevê a criação de uma equipe internacional de medidas antiminas no Camboja, além do desenvolvimento conjunto de equipamentos de remoção de minas utilizando inteligência artificial e outras tecnologias de ponta. Esta colaboração aproveitará a vasta experiência do Camboja, que se tornou um líder mundial em ações antiminas após décadas de conflito interno.

Como parte concreta da iniciativa, o Japão fornecerá à Ucrânia uma máquina de grande porte para desminagem na próxima semana. Além disso, pessoal ucraniano receberá treinamento no Camboja sobre como operar o equipamento no próximo mês.

A cooperação entre Japão e Camboja não se limitará apenas à desminagem. Os ministros também concordaram em colaborar em projetos de infraestrutura, incluindo sistemas de água e esgoto, redes de telecomunicações 5G e segurança cibernética no Camboja. Adicionalmente, o Japão planeja contribuir para o desenvolvimento de um porto cambojano como base logística na região.

Esta parceria representa um passo significativo na luta global contra as minas terrestres e demonstra o compromisso de ambos os países em promover a segurança e o desenvolvimento em regiões afetadas por conflitos. A iniciativa não apenas beneficiará a Ucrânia, mas também poderá ser estendida a outros países que enfrentam desafios semelhantes.